Boletim.leg - Edição das 22h
Governo reajusta salário mínimo com novo limite de ganho real. Lei de Diretrizes Orçamentárias é sancionada com meta de déficit primário zero.

Transcrição
GOVERNO REAJUSTA SALÁRIO MÍNIMO COM NOVO LIMITE DE GANHO REAL
Todos os benefícios que serão concedidos ficarão atrelados ao salário mínimo
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS É SANCIONADA COM META DE DÉFICIT PRIMÁRIO ZERO
... EU SOU REGINA PINHEIRO E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG
O SALÁRIO MÍNIMO DE 2025, FIXADO EM DECRETO PELO GOVERNO NO DIA 30 DE DEZEMBRO, SERÁ DE MIL, QUINHENTOS E DEZOITO REAIS, SETE E MEIO POR CENTO MAIOR QUE O PAGO EM 2024.
O CÁLCULO DO VALOR FEITO PELO EXECUTIVO LEVOU EM CONTA UMA LEI APROVADA NO FINAL DO ANO PASSADO PELO SENADO, QUE LIMITA O REAJUSTE ENTRE 0,6 E DOIS E MEIO POR CENTO ACIMA DA INFLAÇÃO MEDIDA PELO I-N-P-C. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
Durante a discussão do projeto que deu origem à nova regra de atualização do salário mínimo, o relator, senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, explicou que, mesmo num cenário de retração da economia, o ganho real será de 0,6 por cento.
Todos os benefícios que serão concedidos ficarão atrelados ao salário mínimo, o benefício da Assistência Social, da Previdência Social.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, disse que, se prevalecesse a forma de cálculo anterior, o aumento seria maior, o que mostra que o governo tem ciência de que armou uma armadilha para si mesmo, ao manter vinculado o valor de benefícios previdenciários e assistenciais ao do salário mínimo.
O Governo implementa uma ação e, menos de um ano depois, tem que recuar da ação. Mas não é recuar da ação no sentido de voltar ao leito originário; é no de diminuir a velocidade do desastre.
A nova forma de cálculo do ganho real do salário mínimo acima da inflação será aplicada entre os anos de 2025 e 2030.
A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA 2025 FOI SANCIONADA PELO GOVERNO, COM 35 VETOS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 foi sancionada pelo presidente Lula, que manteve a meta neutra de resultado primário para 2025. Há uma tolerância de um déficit de 0,25% do PIB estimado para este ano, o equivalente a 31 bilhões de reais, estabelecida pelo novo arcabouço fiscal. Mas o relator da LDO na Comissão de Orçamento, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, fez um alerta sobre as restrições orçamentárias. Confúcio acredita que haverá dificuldade de administrar a escassez de recursos nos próximos anos.
De 2030 para 2031, o Governo, a continuar nesse ritmo, terá apenas R$30 bilhões de recursos discricionários. Não dá para nada!
No total, foram feitos 35 vetos à LDO. Entre eles, a previsão de que o Fundo Partidário fosse ajustado, desde 2016, na mesma proporção que a arrecadação federal. Outro ponto vetado é o que impedia que o Executivo bloqueasse ou contingenciasse emendas parlamentares individuais ou de bancada ao longo do ano. O Governo alegou que a medida dificultaria o cumprimento da regra fiscal, além de dar um tratamento diferenciado entre as emendas e as demais despesas discricionárias, contrariando o entendimento do STF.
O PRESIDENTE LULA TAMBÉM SANCIONOU A LEI QUE TRATA DA POLITICA NACIONAL DE CUIDADOS, QUE DEFINE DIREITOS DOS "PACIENTES" E DOS TRABALHADORES. REPÓRTER PAULO BARREIRA.
A lei, fruto de um grupo de trabalho dos governos e estudiosos, estabelece que a responsabilidade pelo cuidado será compartilhada entre o Estado, as famílias, o setor privado que presta esses serviços e a sociedade civil para evitar sobrecargas, especialmente das mulheres.
O relator na Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, destacou que o projeto é fundamental garantir que o cuidado seja tratado como um direito universal e não como uma responsabilidade individual.
(sen. Paulo Paim) "A Organização Social dos Cuidados tem sido distribuída de forma injusta e desigual, onerando, de forma desproporcional, pessoas em especial situação de vulnerabilidade econômica e social".
A nova lei estabelece ainda a criação do Plano Nacional de Cuidados, que integrará ações de assistência social, saúde e educação para garantir suporte a cuidadores e pessoas que necessitam de cuidado, como crianças, idosos e pessoas com deficiência.
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