Embaixadores de países sul americanos vão debater rota bioceânica na CRE

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LOC: EMBAIXADORES DE PAÍSES SUL AMERICANOS VÃO FALAR NO SENADO SOBRE A ROTA BIOCEÂNICA. LOC: O MEGAPROJETO DEVERÁ FACILITAR AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS E DE OUTROS PAÍSES DO CONTINENTE PARA A ÁSIA. A REPORTAGEM É DE FLORIANO FILHO. (Repórter) A rota bioceânica é formada por um corredor rodoviário, interligado por pontes, e outro ferroviário. Quando estiver totalmente pronta, vai unir os litorais dos oceanos Atlântico e Pacífico no cone Sul da América do Sul. Aproximadamente 4 mil quilômetros de rodovias vão do Porto de Santos até os portos chilenos de Arica e Iquique, passando pela Bolívia. Dessa forma, cidadãos bolivianos e suas mercadorias, além do Centro-Oeste brasileiro, finalmente terão acesso ao litoral do Pacífico. O financiamento também está sendo feito pela Corporação Andina de Fomento, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pela União Europeia. No caso da Ferrovia Bioceânica, o principal ponto de partida será o Porto de Santos, seguindo por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, até atingir Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Está prevista ainda uma ligação ferroviária entre Paranaguá, no Paraná, e Antofagasta, no litoral Chileno. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou requerimento do senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, para discutir a cooperação entre os países da rota bioceânica. Ele defendeu o projeto especialmente pelo desenvolvimento econômico que deverá trazer. (Nelsinho Trad) O projeto da rota bioceânica vai estimular o comércio dos países da América do Sul e reduzir os custos dos setores agroexportadores. (Repórter) Segundo Nelsinho Trad, uma das grandes vantagens da rota bioceânica será reduzir o tempo das exportações para o mercado asiático. (Nelsinho Trad) Atualmente, praticamente toda a produção do Centro-Oeste é escoada para os portos de Santos e Paranaguá. Buscando o mercado de consumo oriental, as cargas acabam seguindo por três possíveis caminhos de navegação: Canal do Panamá, Patagônia ou sul da África. Com a conclusão das obras do corredor bioceânico, teremos a economia de 8 mil quilômetros de navegação no transporte das cargas (...) e chegar à China, por exemplo, até seis dias mais cedo. (Repórter) Serão convidados para participar da audiência pública os embaixadores da Argentina, Paraguai e Chile, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores. REQ 18/2019