Pesquisas eleitorais 15 dias antes das eleições podem ser proibidas — Rádio Senado
Proposta

Pesquisas eleitorais 15 dias antes das eleições podem ser proibidas

O senador Alvaro Dias (PODE-PR) quer proibir as pesquisas eleitorais nas duas semanas que antecedem as eleições. Insistir na divulgação será considerado crime com pena de prisão de seis meses a um ano e pagamento de multa que pode variar de 53 mil a 106 mil reais. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

27/02/2019, 17h54 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h50
Duração de áudio: 01:47

Transcrição
LOC: A DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS ELEITORAIS ATÉ 15 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES PODE VIRAR CRIME, COM PENA DE PRISÃO E PAGAMENTO DE MULTA. LOC: É O QUE DIZ O PROJETO DE LEI APRESENTADO PELO SENADOR ALVARO DIAS. E OS SENADORES JORGE KAJURU E MAJOR OLÍMPIO DEFENDEM REGRAS AINDA MAIS RIGOROSAS. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, quer proibir as pesquisas eleitorais nas duas semanas que antecedem as eleições. Insistir na divulgação será considerado crime com pena de prisão de seis meses a um ano e pagamento de multa que pode variar de 53 mil a 106 mil reais. (Alvaro Dias) Não é uma novidade. Isso já se pratica em outros países, na França, na Itália. O que nós entendemos é que essas pesquisas distorcem, elas conduzem, elas sinalizam muitas vezes equivocadamente e levam os eleitores ao equívoco. (Repórter) O senador Jorge Kajuru, do PSB, quer incluir os veículos de comunicação nas punições estabelecidas pelo projeto. Ele lembrou um caso em Goiás em que uma emissora de televisão divulgou várias vezes ao longo da campanha um mesmo levantamento, feito nas primeiras semanas do período eleitoral, que dava ampla vantagem a um determinado candidato: (Jorge Kajuru) O veículo de comunicação ele fez parte, ele foi cumplice. Às vezes, ele é tão corrupto quanto o instituto de pesquisa. (Repórter) Já o senador Major Olímpio, do PSL de São Paulo, lembrou que os institutos de pesquisa cometeram erros grosseiros nas últimas eleições, especialmente nos levantamentos para os governos estaduais e para o Senado. Ele mesmo não estava entre os eleitos até as vésperas das eleições de outubro. Major Olímpio acha que muitos desses erros são propositais e devem ser responsabilizados: (Major Olímpio) é hora de nos escracharmos para a sociedade brasileira o que essas pessoas, o que essas empresas fazem, manipulando, literalmente. É um escárnio com a população. (Repórter) O projeto de Alvaro Dias segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça.

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