Senadores aprovam nomes da nova diretoria do Banco Central
O Senado aprovou nesta terça-feira (26) o nome de Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central. Além dele, também foram aprovadas as indicações de Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello, para as diretorias de Política Monetária e de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, e de Flávia Perlingeiro, para a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários. Antes de ter o nome analisado pelo plenário, Roberto Campos Neto foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos, onde defendeu mais autonomia para a instituição
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Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA O NOME DO NOVO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL. ALÉM DE ROBERTO CAMPOS NETO, TAMBÉM FORAM APROVADOS OS INDICADOS PARA OUTRAS DIRETORIAS DA ENTIDADE.
LOC: DURANTES SABATINA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, OS JUROS ALTOS E A DIFICULDADE DE CRÉDITO DOMINARAM O DEBATE. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
(Repórter) Senadores cobraram dos indicados ao Banco Central atitudes efetivas no sentido de estimular a competição no setor financeiro e baratear o crédito ao consumidor e empresas. Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, disse que esse é o desejo da população.
(Eduardo Rodrigues) A grande resposta que o povo brasileiro quer ouvir de todos nós é como poder entregar juros mais baratos para que o Brasil volte a gerar emprego, renda e tenha crescimento na atividade econômica.
(Repórter) Rodrigo Pacheco, senador do Democratas de Minas Gerais foi outro a reclamar dos juros altos, durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos.
(Rodrigo) Porque que o juro do cartão de crédito do cheque especial é tão alto quando nós temos uma inflação controlada atualmente no Brasil.
(Repórter): O indicado para presidir o Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu iniciativas como o Cadastro Positivo, de compartilhamento de informações entre as instituições financeiras. O projeto, que volta agora para a revisão do Senado, deve auxiliar os bancos a oferecerem condições melhores a bons pagadores. Roberto Campos Neto disse também que um Banco Central com autonomia assegurada em lei pode trazer mais tranquilidade ao mercado e beneficiar o consumidor.
(Roberto) Quem está olhando para aquele risco vai colocar no preço a probabilidade de ter uma ruptura naquilo. Então, basicamente, traduzindo em uma linguagem o mais popular possível, o que a autonomia do Banco Central faz? Ela permite que, com a mesma inflação, os juros sejam mais baixos. Por quê? Porque você removeu esse componente de risco que tem na curva.
(Repórter) Roberto Campos Neto ressaltou que o Banco Central não definiria as metas de política monetária. Essas seriam fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. O Bacen teria apenas a autonomia, independentemente de governo, para atingir essas metas.
MSFs 2, 5, 6 e 7 de 2019