Debate sobre desemprego foi destaque no Senado em 2018 e é prioridade do novo governo — Rádio Senado
Mercado de Trabalho

Debate sobre desemprego foi destaque no Senado em 2018 e é prioridade do novo governo

O desemprego em massa no Brasil foi bastante discutido no Senado em 2018. Os números oficiais não incluem o total de trabalhadores considerados subutilizados, que são mais de 27 milhões. Para a equipe econômica, que pretende lançar a carteira de trabalho verde e amarela, os números são ainda maiores. Na avaliação do senador João Capiberibe (PSB-AP), um dos motivos que causaram tanta devastação no mercado de trabalho brasileiro foi a desindustrialização. Já o senador Reguffe (Sem Partido-DF) defende o controle dos gastos orçamentários.

07/01/2019, 12h51 - ATUALIZADO EM 07/01/2019, 15h05
Duração de áudio: 02:23
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Transcrição
LOC: ALÉM DE PRIORIZAR AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRIBUTÁRIA, A NOVA EQUIPE ECONÔMICA PRETENDE CRIAR PROGRAMAS PARA A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA. LOC: A DISCUSSÃO SOBRE O DESEMPREGO FOI UM DOS DESTAQUES DO SENADO EM 2018, COMO EXPLICA O REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: A notícia de que a taxa de desemprego teve uma pequena queda em novembro não chegou a animar os mais de doze milhões de brasileiros nessa situação. Até porque o resultado não abrange os mais de 27 milhões de trabalhadores considerados subutilizados. Para a equipe econômica o número é ainda maior. Entre eles estão os desempregados, os subocupados, que trabalham menos de 40 horas semanais, os desalentados, que desistiram de procurar emprego, e ainda os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por diferentes motivos. Para o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, um dos motivos para tanta devastação foi a desindustrialização que o país sofreu nas últimas décadas, também pela questão cambial. (João Capiberibe) (...) Essa equiparação entre o dólar e o real foi altamente prejudicial à indústria nacional. E aí nós passamos a importar tudo e deixamos de produzir. Quando a gente deixa de produzir e compra de fora, a gente manda os empregos para fora. (Repórter) O senador Reguffe, do Distrito Federal, defende o controle dos gastos orçamentários, o que também é objetivo do novo governo. (Reguffe) “Essa situação é fruto da irresponsabilidade de uma gestão. Eu penso que a forma de melhorar é controlar os gastos públicos para controlar a inflação. E ao mesmo tempo o governo reduzir a carga tributária. (Repórter) Além de defender reformas estruturais como da previdência e do sistema tributário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que a equipe econômica também quer adotar iniciativas para aumentar o número de empregos com a carteira de trabalho verde e amarela, que reduz as obrigações trabalhistas. (Paulo Guedes) "Nós vamos libertar as gerações futuras, dando a opção para o jovem que queira a carteira verde e amarela, ao invés dele ser condenado a ser um dos 40 milhões de desempregados que tem hoje. (Repórter) Segundo dados de IBGE, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,6% no trimestre encerrado em novembro. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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