Cristovam Buarque diz que, em discurso, Bolsonaro responsabilizou oposição por facada
Transcrição
LOC:. O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE AVALIA QUE, DURANTE DISCURSO, JAIR BOLSONARO RESPONSABILIZA OPOSIÇÃO POR ATENTADO SOFRIDO DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL.
LOC: O SENADOR DO PPS DO DISTRITO FEDERAL DEMONSTROU PREOCUPAÇÃO COM A FALA E COM OUTROS PONTOS DO DISCURSO DE POSSE DO PRESIDENTE. OS DETALHES COM A REPÓRTER MARIA FERREIRA.
TÉC: O senador Cristovam Buarque criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro, ao falar, na cerimônia de posse, sobre a facada sofrida em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante um ato de sua campanha eleitoral, em 2018.
(Cristovam Buarque): Quando ele lança a responsabilidade da agressão que ele sofreu, entre os adversários, inimigos, como se fosse uma coisa deliberada, uma conspiração, eu creio que ele está fazendo um gesto publicitário muito ruim. Aquilo foi obra, tá provado, de um maluco completo, que terminou ajudando a eleição do Bolsonaro. E não colocar a culpa daquilo, como o discurso dele dá a entender, numa grande conspiração dos seus adversários.
(Repórter): Cristovam Buarque também criticou o trecho em que o presidente afirma ser o marxismo o problema da educação brasileira. Para o senador, o discurso de Bolsonaro é ideológico, ao contrário do que ele mesmo diz. Além disso, também demonstra total desconhecimento dos problemas da educação brasileira, na avaliação de Cristovam.
(Cristovam Buarque): Então quando eu vejo o Presidente da República, e eu temo que o Ministro vá na linha dele, colocando o problema da nossa escola no conteúdo, quando o problema tá é na escola: na formação dos professores, na remuneração dos professores, na qualidade da edificação, na obsolescência dos equipamentos, no pouco tempo que a criança fica na escola... quando a gente vê a crise estrutural, assusta ver alguém ideologizando o problema da educação, Um desastre essa fala do presidente. E eu tenho visto os twitters dele colocando o problema educacional no conteúdo marxista, isso é falso! Ninguém tá nem estudando marxismo, e se estudasse marxismo, ainda bem que estudaria algum coisa, o problema é que não tá se estudando nada.
(Repórter) O senador também refutou a hipótese de que a maioria dos parlamentares de esquerda não foram à cerimônia de posse. Segundo ele, compareceram poucos parlamentares de todos os partidos. Com supervisão de Alexandre Campos, da Rádio Senado, Maria Ferreira.