CAE discute situação fiscal do País com diretores da IFI
A Comissão de Assuntos Econômicos debateu com diretores da Instituição Fiscal Independente o quadro fiscal brasileiro. A dívida pública foi o principal tema da reunião. Senadores como José Serra (PSDB-SP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) apresentaram sugestões de como enfrentar esse problema.

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATEU COM DIRETORES DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE O QUADRO FISCAL BRASILEIRO.
LOC: A DÍVIDA PÚBLICA FOI O PRINCIPAL TEMA DA REUNIÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TEC: O último relatório divulgado pela Instituição Fiscal Independente mostrou que o déficit primário do setor público deve fechar 2018 abaixo da meta, mas acima do valor verificado no ano passado. O que mostra um quadro delicado nas contas públicas e a falta de uma consciência fiscal arraigada nos governos e sociedade, como destacou o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto.
(Felipe): O Brasil é pródigo em criar regras fiscais, não não necessariamente tão pródigo em cumprir essas regras fiscais. O espírito da responsabilidade fiscal ainda não é algo partilhado pela sociedade e a importância disso para gerar crescimento econômicos não é algo tão óbvio assim.
(Repórter): Felipe e o diretor Gabriel Barros ressaltaram que a falta de dinheiro para investimentos é sentida com mais força por estados e municípios, já que eles não dispõem dos instrumentos de política econômica da União e ainda sofrem com medidas adotadas pelo governo Federal. O senador José Serra, do PSDB de São Paulo, criticou posição adotada pelo atual governo de estabelecer um teto para os gastos, e não para a dívida pública.
(Serra): O governo se jogou contra porque preferiu o teto de gastos. Uma posição errada, porque é mais fácil controlar o limite da dívida do que o teto de gastos.
(Repórter): Já o senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, quis saber dos diretores da IFI se não seria hora de usar parte dos 300 bilhões de dólares em reservas internacionais para diminuir a dívida?
(Ataídes): O Brasil não deveria pegar 200 bi dessa reserva e abater a dívida pública?
(Repórter): Felipe Salto explicou que injetar um volume tão grande de moeda estrangeira no mercado pode gerar consequências indesejáveis e imprevisíveis - por isso é preciso cautela e a análise da conjuntura. As reuniões da Comissão de Assuntos Econômicos com diretores da IFI são previstas para acontecer duas vezes por ano.