Aprovação automática de estudantes pode ser proibida
A proposta (PLC 127/2017) em análise na Comissão de Educação do Senado proíbe a progressão continuada, a chamada aprovação automática, que impede as escolas de reprovarem os alunos a cada ano. O sistema adotado em várias redes de ensino estaduais e municipais estabelece que os estudantes sejam avaliados por ciclos. O relator da proposta, senador Wilder Morais (DEM-GO), disse que a aprovação automática acaba prejudicando os alunos e professores.
Transcrição
LOC: A APROVAÇÃO AUTOMÁTICA DOS ESTUDANTES, A CHAMADA PROGRESSÃO CONTINUADA, PODE SER PROIBIDA.
LOC: É O QUE ESTABELECE UMA PROPOSTA EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(Repórter) A proposta em análise na Comissão de Educação do Senado proíbe a progressão continuada, a chamada aprovação automática, que impede as escolas de reprovarem os alunos a cada ano. O sistema adotado nas redes de ensino de diferentes estados e municípios estabelece que os estudantes sejam avaliados por ciclos, do segundo ao quinto ano, ou do sexto ao nono ano, por exemplo. Quem não atingir o rendimento esperado é encaminhado para programas de recuperação e aulas de reforço. A reprovação seria feita apenas ao final do ciclo, para impedir que os alunos fiquem desestimulados e abandonem as salas de aula. O relator da proposta, senador Wilder Morais, do Democratas de Goiás, disse que a progressão continuada foi adotada no Brasil a partir da década de 1990, mas não melhorou a qualidade do ensino. Wilder criticou o modelo e defendeu que a aprovação automática acaba prejudicando os alunos e professores.
(Wilder Morais) “O que a gente percebe nas escolas públicas é que não houve nenhuma evolução positiva nisto. Pelo contrário, nós tiramos a autonomia do professor, tiramos a autoridade dele na sala de aula e a gente forma hoje vários alunos que não têm condições nenhuma de ler, escrever, fazer contas básicas, porque ele não precisa ter nota para passar de ano”
(Repórter) A proposta encaminhada pela Câmara dos Deputados deve ser analisada pela Comissão de Educação, e se aprovada, segue para o plenário do Senado.
PLC 127/2017