Conselho de Comunicação lamenta destruição do Museu Nacional
A necessidade de participação do Congresso Nacional na busca por medidas que contribuam para a recuperação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi destacada nesta segunda-feira (3) por integrantes do Conselho de Comunicação Social, que lamentam a destruição da maior parte do acervo de 20 milhões de itens. Reunidos para debater mudanças no regimento interno que orienta o funcionamento do colegiado, eles aproveitaram para comentar o que chamam de descaso com a cultura brasileira.
Transcrição
LOC: OS INTEGRANTES DO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CONGRESSO NACIONAL LAMENTARAM A DESTRUIÇÃO DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO.
LOC: O MUSEU FOI ATINGIDO POR UM INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES NA NOITE DESTE DOMINGO. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O incêndio durou cerca de seis horas e destruiu praticamente todo o acervo de 20 milhões de itens do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio de Janeiro. Especializado em história natural, é o mais antigo centro de ciência do Brasil e o maior museu desse tipo na América Latina. O Museu Nacional completou 200 anos em junho. Integrante do Conselho de Comunicação Social, Sydney Sanches lamentou o descaso com a cultura brasileira.
(Sydney Sanches) Ir no Palácio da Quinta, ir na quinta da Boa Vista faz parte da vida de toda criança, vida de todo o aprendizado, enfim, existe um sentimento de pertencimento muito grande do museu com relação à cidade. Houve uma comoção local muito grave, centenas de pessoas na porta do museu manifestando de certa forma uma tristeza de um espaço tão importante da cidade que acabou, acabou.
(Maurício) O presidente do Conselho de Comunicação Social, Murilo de Aragão, espera que o Congresso Nacional tome todas as medidas possíveis para ajudar na recuperação do Museu Nacional.
(Murilo de Aragão) Que o Congresso tomasse todas as medidas, com a maior urgência, até no âmbito orçamentário, no sentido da recomposição do museu. E também um cuidado que se deve também com a manutenção desses próprios. O Brasil gastou milhões com o Museu do Amanhã, mas a gente não cuida do nosso museu do passado, que é o Museu Nacional. Eu não condeno aqui a construção do Museu do Amanhã, mas ao mesmo tempo fico indignado em saber que não se cuidou adequadamente do Museu Nacional.
(Maurício) A Conselheira Maria José também se solidarizou com os historiadores, antropólogos, arqueólogos e servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que era a responsável pela administração do Museu Nacional. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.
