Líder do governo defende pauta consensual durante o esforço concentrado
O líder do governo, senador Romero Jucá (MDB-RR), defendeu uma pauta consensual para ser votada durante as três semanas de esforço concentrado no período eleitoral. Segundo ele, a agenda do Plenário deverá ser definida pelas lideranças partidárias e pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira. A oposição, por sua vez, é contrária à votação de dois projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto: o da privatização de distribuidoras da Eletrobras e da cessão onerosa do pré-sal.
Transcrição
LOC: LÍDER DO GOVERNO DEFENDE PAUTA CONSENSUAL DURANTE O ESFORÇO CONCENTRADO.
LOC: OPOSIÇÃO AVALIA QUE PROJETOS POLÊMICOS DEVEM SER RETIRADOS DA AGENDA DE VOTAÇÕES DESTE ANO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: O líder do governo, senador Romero Jucá do MDB de Roraima, disse que caberá às lideranças partidárias definirem com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, a pauta que será votada nas duas semanas de esforço concentrado em agosto e na de setembro. O Palácio do Planalto está de olho na privatização de distribuidoras de energia da Eletrobras e na permissão para que a Petrobras venda partes do direito de exploração do pré-sal. Apesar de esses projetos serem prioritários para o governo, Romero Jucá defendeu que sejam incluídas na pauta propostas consensuais a fim de tornar produtivo o esforço concentrado.
(Jucá): A expectativa é que nós possamos ter uma pauta coletiva, uma pauta combinada com os líderes e que possamos votar muitas matérias de interesse do Brasil. Nós vamos ter um esforço concentrado, são poucos dias e, portanto, é bom haver uma combinação e entendimento para não haver obstrução, portanto, não prejudicar a votação.
REP: Ao reforçar posição contrária aos dois projetos considerados essenciais pelo governo, o senador Jorge Viana, do PT do Acre, ponderou que o Congresso Nacional não vote nada polêmico até a definição do novo presidente da República. Segundo ele, Michel Temer não tem condições de propor qualquer pauta.
(Jorge) Nós teríamos que ter uma espécie de um entendimento nacional onde a gente pare de trabalhar e votar contra o Brasil. Parece que o Brasil só cresce à noite, quando a maioria dos políticos está dormindo. Mas do ponto de vista da agenda nacional, acho terrível e não posso esperar nada do atual governo federal.
(REP): Para a privatização das distribuidoras da Eletrobras e a cessão onerosa da Petrobras serem votadas na primeira semana de esforço concentrado, a base aliada terá que aprovar o pedido de urgência em Plenário. Da Rádio Senado, Hérica Christian.