CRE debate acordo sobre armas nucleares entre EUA e Coreia do Norte — Rádio Senado
Relações Exteriores

CRE debate acordo sobre armas nucleares entre EUA e Coreia do Norte

Ainda é grande o risco de não se garantir o cumprimento do acordo com os Estados Unidos para desnuclearização da Coreia do Norte. O assunto foi discutido em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado. O presidente da Comissão, Senador Fernando Collor (PTC-AL) lembrou que um dos motivos para as incertezas nucleares são as assimetrias científicas, tecnológicas e militares existentes no mundo. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

25/06/2018, 21h16 - ATUALIZADO EM 25/06/2018, 21h59
Duração de áudio: 02:07
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza ciclo de debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?" 8º Painel: Ásia - Proliferação nuclear (Irã, Índia e Paquistão) - A questão Coreia x EUA. 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O ACORDO COM OS ESTADOS UNIDOS PARA A DESNUCLEARIZAÇÃO DA COREIA DO NORTE CORRE O RISCO DE SER MENOS EFETIVO DO QUE IMAGINADO INICIALMENTE. LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO POR ESPECIALISTAS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NESTA SEGUNDA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas foi criada em outubro de 1956. Mas apenas em 1968 o Tratado de Não Proliferação Nuclear foi assinado por 43 países, inclusive pela Coreia do Norte. Índia, Paquistão e Israel nunca concordaram com o documento. Ainda que as duas superpotências nucleares continuem sendo os Estados Unidos e a Rússia, a Ásia provoca muitas preocupações com a proliferação de armamentos nucleares. No caso da China eles já existem. Na medida em que a Coreia do Norte passou a sofrer sanções internacionais e a se isolar, os norte-coreanos desenvolveram suas próprias ogivas. O surpreendente acordo com os Estados Unidos foi um primeiro passo para tentar desnuclearizar a Coreia do Norte. Mas na audiência pública da Comissão de Relações Exteriores, o professor Eugênio Diniz Costa, da Universidade Católica de Minas Gerais, afirmou que ainda é grande o risco de não se garantir o cumprimento do acordo. (Eugênio Diniz) Por mais que haja o comprometimento público, a questão é que tudo isso ainda vai ter que ser construído. (Repórter) O presidente da Comissão, Senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, lembrou que um dos motivos para as incertezas nucleares são as assimetrias científicas, tecnológicas e militares existentes no mundo. (Fernando Collor) O poder do conhecimento que essas grandes potências vão alcançando, elas também vão armazenando, como armazenam seus artefatos nucleares. (Repórter) Segundo especialistas, as concessões dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, como a paralisação de exercícios militares na península coreana, ainda podem ser revertidas, provocando mais incertezas em relação ao acordo.

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