Comissão de Direitos Humanos discute violência nas escolas — Rádio Senado
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Comissão de Direitos Humanos discute violência nas escolas

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizou na quarta-feira (30/5), uma audiência pública interativa sobre violência nas escolas. Foram discutidas questões sobre agressão física à estudantes e professores, e violência verbal sobre bullying, racismo e LGBTfobia. Mais detalhes na reportagem de Laísa Lopes.

05/06/2018, 18h47 - ATUALIZADO EM 05/06/2018, 18h47
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre: "A situação da Defensoria Pública da União com relação aos efeitos da Emenda Constitucional 95".

Mesa:
conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Leonardo Penafiel;
representante do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), e sub defensor público do Distrito Federal, Danniel Campos;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
auditor-fiscal do Trabalho e chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo da Secretaria de Inspeção do Trabalho (Detrae/MTE), Maurício Krepsky Fagundes;
representante da Associação Nacional dos Catadores (Ancat/RS), Alex Cardoso.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A VIOLÊNCIA CONTRA ALUNOS E PROFESSORES NAS ESCOLAS FOI DEBATIDA NESTA TERÇA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: BULLYING, RACISMO E LGBTFOBIA FORAM QUESTÕES LEVANTADAS PELOS CONVIDADOS. REPÓRTER LAÍSA LOPES. TÉC: Durante a audiência pública, a representante da Secretaria de Educação do Distrito Federal Ruth Meyre Mota Rodrigues, explicou que a violência se caracteriza por diversas ações, e não apenas pela agressão física, levando diversos jovens a desistirem de frequentar as aulas. (Ruth Meyre) As manifestações homofóbicas, transfóbicas, lesbofóbicas e por aí vai são manifestações extremamente violentas. Então nós estamos de forma tão agressiva tratando esses jovens, que eles acabam desistindo, por exemplo, de continuar frequentando a escola porque é um ambiente violento. Então, é preciso a gente pensar todas essas dimensões da violência. (Repórter) O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Araújo Filho, citou os impactos da PEC do teto de gastos e destacou que a falta de investimento nas escolas e o não reajuste nos salários dos professores é uma violência contra esses profissionais e a sociedade. (Araújo Filho) A violência ocorre quando a Emenda Constitucional 95 foi aprovada – 20 anos sem investimento em educação pública. Isso é uma violência brutal com o povo brasileiro, com a educação. Ela se dá quando os governos se negam a reajustar em 0,81% o piso salarial dos professores. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, relembrou um recente caso de violência em uma escola de Pernambuco que viralizou nas redes sociais. (Paulo Paim) Eu vi um menino numa escola sendo espancado dentro da sala de aula por seis, sete, oito meninos. E dizem que a professora estava isolada num canto. Esse vídeo me chocou muito. E aí, perguntando para algumas pessoas, professores e alunos, eles disseram: "Isso aí acontece muito em todo Brasil. Tu viu um vídeo que alguém conseguiu pegar." Aí eu digo: "Não. Vamos, no mínimo, puxar para nós um pouco da responsabilidade, que este Congresso tem que ter. (Repórter) De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, quase 30 mil professores declararam já ter sofrido ameaças de estudantes. E 51% que participaram da pesquisa já presenciaram algum tipo de agressão verbal ou física por parte de alunos contra profissionais da escola. Da Rádio Senado, Laísa Lopes.

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