Congresso celebra centenário da Academia Piauiense de Letras — Rádio Senado
Sessão Solene

Congresso celebra centenário da Academia Piauiense de Letras

O centenário da Academia Piauiense de Letras foi celebrado em Sessão Solene no Senado nesta segunda-feira (21). Segundo o senador Elmano Férrer (PODE-PI), a criação da Academia foi um ato de ousadia e a entidade se tornou a maior guardiã da cultura e do saber do Piauí. Já segundo a senadora Regina Sousa (PT-PI),  o ano de 1917 foi marcado por eventos explosivos, como a Revolução Soviética, e a literatura foi capaz de promover o encontro de pensamentos diferentes.

21/05/2018, 14h34 - ATUALIZADO EM 21/05/2018, 15h31
Duração de áudio: 02:09
Plenário do Senado Federal durante sessão solene do Congresso Nacional destinada à comemoração do centenário da Academia Piauiense de Letras (APL).

Em posição de respeito, convidados e parlamentares acompanham execução do Hino Nacional.

Mesa:
desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, Carlos Pires Brandão;
deputado Paes Landim (PTB-PI);
vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho;
presidente e requerente da sessão, senador Elmano Férrer (Pode-PI);
senadora Regina Sousa (PT-PI);
presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), Nelson Nery Costa;
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Piauí, Francisco Lucas Costa Veloso;
membro da Academia Piauiense de Letras (APL) e senador no período de 1987 a 2001, Hugo Napoleão.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O CONGRESSO PROMOVEU NESTA SEGUNDA-FEIRA UMA SESSÃO SOLENE PARA MARCAR O CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS. LOC: SENADORES ELOGIARAM O PAPEL DA ENTIDADE NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA DO ESTADO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. (Repórter) Em 30 de dezembro de 1917 foi criada a Academia Piauiense de Letras. Um grupo de intelectuais decidiu organizar na capital, Teresina, um grêmio para promover a literatura e a cultura local. A sessão solene aconteceu a pedido do senador Elmano Férrer, do Podemos do Piauí, que ressaltou o papel da Academia na preservação da identidade literária do estado. (Elmano Férrer) Desde então academia piauiense de letras tornou-se nossa guardiã da cultura da educação e do saber e congrega os maiores expoentes do Meio cultural do nosso estado. Foi um ato de ousadia dos intelectuais da época que assumiram a partir dali as rédeas das ações culturais do nosso Estado. (Repórter) Também representante do Piauí, a senadora Regina Sousa, do PT, lembrou que 1917 foi um ano explosivo. Enquanto o mundo acompanhava a Revolução Soviética, o Brasil passava por sua primeira greve geral dos trabalhadores, que durou 30 dias. (Regina Souza) Penso que naquele longínquo 1917, os intelectuais deve ter percebido que em um mundo em que o diálogo entre as culturas se fazia com os estrondos dos canhões e o silêncio frio das baionetas, a literatura furava bloqueios dos egocentrismos extremos e promovia encontro de pensamentos diferentes e eu também penso assim.” (Repórter) Entre os convidados, estava o Presidente da Academia Piauiense de Letras, Nelson Nery Costa, que citou um trecho do poeta piauiense Antônio Francisco da Costa e Silva. (Nelson Nery) “Cem anos não são 100 dias são uma vida inteira e mais alguma coisa menos e a memória o passado a lembrança e também a certeza de que mais 100 anos ainda precisa ser vividos para mais 100 anos se contar na frente.” (Repórter) A Academia Piauiense de Letras tem hoje quarenta patronos e cento e cinquenta e um acadêmicos. Além disso, promove há 99 anos uma revista que é a mais antiga publicação literária do estado.

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