CDH debate com especialistas projeto que veta novos desmatamentos — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate com especialistas projeto que veta novos desmatamentos

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu com especialistas e ambientalistas a proposta (SUG 06/2015) que proíbe o corte de florestas nativas no Brasil e veta novos desmatamentos. Os convidados reconheceram uma queda no ritmo de derrubada de árvores nos últimos anos, mas lamentaram que em 2017 foram devastados mais de 6.600 km² de área na Amazônia. Também alertaram que o desmatamento altera o clima, reduz a biodiversidade e o volume de chuvas, prejudica o abastecimento de água e coloca em risco o agronegócio. O senador João Capiberibe (PSB – AP), autor do requerimento para a audiência pública, destacou a importância econômica e ambiental de manter a floresta em pé. A proposta de Desmatamento Zero foi encaminhada ao Senado com a assinatura de 1,4 milhão de brasileiros e o apoio de organizações e movimentos da sociedade civil.

10/04/2018, 13h08 - ATUALIZADO EM 10/04/2018, 13h53
Duração de áudio: 02:15
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência interativa para tratar sobre o tema: "Desmatamento Zero para garantir o futuro socioambiental e econômico do Brasil".

Mesa:
coordenadora da campanha pelo Desmatamento Zero, Greenpeace, Cristiane Mazzetti;
pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho;
presidente eventual da CDH, senador João Capiberibe (PSB-AP).

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A DERRUBADA DA FLORESTA ALTERA O CLIMA, PREJUDICA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLOCA EM RISCO O AGRONEGÓCIO NO PAÍS. LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA NESTA TERÇA-FEIRA POR ESPECIALISTAS E AMBIENTALISTAS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIOPATIVA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Os senadores discutiram com ambientalistas e especialistas uma proposta em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa que proíbe o corte de florestas nativas no Brasil e veta novos desmatamentos. A iniciativa não valeria para as áreas de pesquisa e segurança nacional e para as populações tradicionais, como indígenas, quilombolas e extrativistas. Os agricultores familiares também teriam um prazo de cinco anos para se adequar à nova lei. Os convidados reconheceram uma queda no ritmo de derrubada de árvores nos últimos anos, mas lamentaram que em 2017 foram devastados mais de seis mil e seiscentos quilômetros quadrados na Amazônia. Também alertaram que o desmatamento altera o clima, reduz o volume de chuvas, prejudica o abastecimento de água e coloca em risco o agronegócio. O pesquisador Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, destacou as consequências negativas para a biodiversidade. (Paulo Moutinho) “É um patrimônio dos brasileiros que tem uma importância bastante grande. A biodiversidade. Uma única árvora da floesta, por exemplo, em trmos de insetos acumula mais insetos do que todo o Reino Unido Junto” (Repórter) O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que pediu a reunião, também destacou a importância econômica e ambiental de manter a floresta em pé. (João Capiberibe) “Se continuar a fazer isso na Amazônia eles vão colocar em risco todo o agronegócio brasileiro, em função das mudanças climáticas, no regime de chuva que a floresta uimulsiona e proporciona a toda a produção no país” (Repórter) A proposta de Desmatamento Zero foi encaminhada ao Senado com a assinatura de um milhão e quatrocentos mil brasileiros e o apoio de diversas organizações e movimentos da sociedade civil, como o Green Peace. SUG 06/2015

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