Senadores avaliam disputa presidencial após decisão do STF — Rádio Senado
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Senadores avaliam disputa presidencial após decisão do STF

Apesar da possibilidade da prisão, o PT mantém a candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto. O Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido de habeas corpus contra a condenação a pouco mais de 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A prisão no caso tríplex depende dos últimos recursos junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) defende a candidatura de Lula ao citar que ainda há recursos a serem apresentados. O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), espera que o PT lance outro nome se quiser continuar na disputa presidencial. Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o espaço de Lula já está sendo ocupado ao lembrar que existem 19 pré-candidaturas.

05/04/2018, 17h46 - ATUALIZADO EM 05/04/2018, 17h56
Duração de áudio: 02:00
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARA ADVERSÁRIOS POLÍTICOS, A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DEVE OBRIGAR O PT A LANÇAR OUTRO NOME PARA A DISPUTA PRESIDENCIAL. LOC: MAS ALIADOS AVALIAM QUE LULA DEVE PERMANECER COMO CANDIDATO, PORQUE CABEM RECURSOS NAS JUSTIÇAS COMUM E ELEITORAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Com a rejeição do habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal, a prisão do ex-presidente Lula dependerá dos últimos recursos da defesa junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Ele foi condenado a pouco mais de 12 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. Apesar da Lei da Ficha Limpa, o PT mantém a candidatura de Lula à Presidência da República. O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, defende que o petista continue na corrida ao Palácio do Planalto ao citar os recursos judiciais a serem apresentados pela defesa. (Roberto Requião) Se o Supremo se reunir para voltar a constitucionalidade dessa prisão antecipada, ele vai dizer que vale a Constituição. Ontem, usaram artifício, eles votaram um habeas corpus. Foi um artifício e estratagema da ministra Carmen que evitou essa coisa acabasse e acabaria como? O Lula teria um habeas corpus até o julgamento pelo STJ e seria julgado como qualquer pessoa. Foi um golpe que o Supremo deu. (Repórter) Para o líder do PSDB, senador Paulo Bauer, de Santa Catarina, o PT deverá esquecer o nome de Lula e lançar outro candidato se quiser continuar na disputa presidencial, como sempre fez desde 1989. (Paulo Bauer) O PT, que agora tem uma realidade que se manifestou ontem através dessa decisão do Supremo, obviamente, como grande partido que é, vai apresentar as suas pretensões, o seu projeto, os nomes dos seus candidatos, como também farão os outros partidos. E a decisão soberana cabe ao povo brasileiro ao eleitor brasileiro Isso se chama democracia. (Repórter) Na avaliação do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, o espaço de Lula já está sendo disputado. (Randolfe Rodrigues) São cenários completamente diferentes. O ex-presidente possui algo em torno de 40% de ações de votos conforme os institutos de pesquisa. O cenário fica em aberto. Se o cenário estava aberto mesmo com a presença dele, o cenário fica mais aberto ainda para disputa presidencial sem a sua candidatura. (Repórter) Os partidos terão até o dia 15 de agosto para registrarem as candidaturas. Até o momento, pelo menos 19 políticos anunciaram a pré-candidatura.

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