Senadores pedem pressa para projeto que leva crimes de milícias para a responsabilidade da PF
O projeto já foi aprovado no Senado e determina que a Polícia Federal será responsável por investigar os crimes cometidos por milícias. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que se o projeto já tivesse sido aprovado pelos deputados, o assassinato da vereadora Marielle Franco seria automaticamente investigado pela Polícia Federal.
Transcrição
LOC: SENADORES PEDEM À CÂMARA DOS DEPUTADOS VOTAÇÃO DO PROJETO QUE TRANSFERE PARA A POLÍCIA FEDERAL CRIMES COMETIDOS PELAS MILÍCIAS.
LOC: A PROPOSTA APROVADA PELO SENADO VOLTOU À TONA COM O ASSASSINATO DA VEREADORA MARIELLE FRANCO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TEC: Aprovado por unanimidade pelo Plenário do Senado no início do mês, o projeto determina que a Polícia Federal será responsável por investigar os crimes cometidos por milícias com a participação de agentes públicos, a exemplo de policiais. A proposta agora depende de aprovação da Câmara. O relator, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, fez um apelo para que o projeto seja logo votado pelos deputados. Ele ponderou que se a proposta já tivesse sido aprovada, o assassinato da vereadora Marielle Franco seria automaticamente investigado pela Polícia Federal.
(Randolfe) Se já tivesse sido votado pela Câmara dos Deputados este caso envolvendo a vereadora Marielle seria imediatamente conduzido pela Polícia Federal. Eu espero que o quanto antes o presidente da Câmara coloque essa matéria a voto. Principalmente agora que defensores de direitos humanos estão sendo vítimas do crime mais covarde que é o crime cometido por milicianos no Rio de Janeiro
(REP) O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, avalia que mesmo depois de sancionada a lei que transfere para a PF a missão de apurar crimes cometidos por milicianos e policiais não será conhecida pelo nome de Marielle. Para ele, a vereadora assassinada deverá receber uma homenagem maior como as bandeiras que defendia, como os direitos humanos, o feminismo, o preconceito racial e as denúncias contra abusos policiais.
(Lindbergh) Eu não sei. Eu acho que a Marielle é mais do que isso. A Marielle é mais do que isso. Ela na verdade eu acho que ela simbolizava a luta contra essa guerra que existe no Rio de Janeiro que não resolve nada ela era contra a intervenção militar e a forma como foi anunciada por que ela dizia: olha não é por ação militar que nós vamos resolver esse problema. Nós precisamos de mais oportunidade de intervenção social e precisamos de investigação.
(REP) O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, do Democratas do Rio de Janeiro, se comprometeu em votar logo o projeto. Além dos crimes cometidos por milicianos e agentes públicos, a proposta também delega para a Polícia Federal as investigações de assaltos e roubos a bancos, caixas eletrônicos e carro-forte.