Comissão de Reforma do Código Comercial debate comércio eletrônico e parasitismo
A Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial promoveu uma audiência pública nesta quarta-feira (7) com o tema "Modernização da Legislação Empresarial: Comércio Eletrônico e Parasitismo". O relator da comissão, senador Pedro Chaves (PRB-MS) defendeu a lealdade nas relações comerciais como forma de garantir a qualidade nos produtos e serviços ofertados ao consumidor.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO TEMPORÁRIA PARA REFORMA DO CÓDIGO COMERCIAL DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA O COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS CHAMADAS CONDUTAS PARASITÁRIAS.
LOC: O SENADOR PEDRO CHAVES DEFENDEU O RESPEITO À CONCORRÊNCIA LEAL COMO REGRA DE PROTEÇÃO AOS CONSUMIDORES. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA.
(Repórter) A audiência pública promovida pela Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial ouviu especialistas sobre comércio digital e formas de parasitismo. O termo é definido pelo texto em análise pela comissão como a “utilização de qualquer elemento de estabelecimento empresarial de outro empresário, concorrente ou não”. O relator da comissão, senador Pedro Chaves, do PRB de Mato Grosso do Sul, defendeu a lealdade nas relações sociais e econômicas.
(Pedro Chaves) “A competição empresarial é a chave para o consumidor ter acesso a produtos e serviços de melhor qualidade e preço justo. Quando o direito comercial reprime a deslealdade da concorrência entre empresas está mirando, em última análise, uma regra de proteção aos consumidores.”
(Repórter) A professora de Direito Comercial Maria Eugênia Finkelstein apresentou dados que mostram que, em 2017, o Brasil registrou 58 milhões de consumidores eletrônicos e um faturamento de 49 bilhões de reais.
(Eugênia Finkelstein) “Um crescimento de 12%. Se a gente pensar que o PIB do Brasil 2017 cresceu 1% e o comércio eletrônico 12% a gente nota que claramente a gente tem uma tendência de crescimento absurda. Ou seja, é uma coisa que vale muito a pena regulamentar.”
(Repórter) O presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e do Fórum Nacional Contra a Pirataria, Edson Vismona, disse que as organizações criminosas se apropriam dos espaços não ocupados pelo estado. Por isso, defendeu a urgência de se regulamentar o comércio digital.
(Edson Vismona) “O crime organizado desconhece fronteiras, leis, as autoridades, têm abundância de recursos e segue uma lógica comercial muito clara do lucro fácil. Na busca do lucro, não importa como. Então esse é o espaço em que o crime organizado atua.”
(Repórter) A expectativa é que o texto do novo Código Comercial seja votado até julho deste ano.
PLS 487/2013