Comissão de Educação pode votar proposta que organiza ensino escolar nas aldeias
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) pode analisar esta semana um projeto (PLS 737/2015) que organiza o ensino escolar nas aldeias indígenas. Segundo o autor da proposta, senador Telmário Mota (PTB – RR), o objetivo é melhorar a qualidade do ensino, preservar e valorizar a cultura de cada comunidade.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO PODE ANALISAR ESTA SEMANA UM PROJETO QUE ORGANIZA O ENSINO ESCOLAR NAS ALDEIAS INDÍGENAS.
LOC: A PROPOSTA CRIA OS TERRITÓRIOS ÉTNICO-EDUCACIONAIS E BUSCA MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO, PRESERVAR E VALORIZAR A CULTURA DE CADA COMUNIDADE. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para organizar a educação escolar indígena. A ideia é dividir o ensino em territórios étnico-educacionais, que devem compreender as terras indígenas ocupadas por povos que mantêm raízes históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas e práticas culturais comuns. O novo modelo prevê que os representantes dos indígenas participem ativamente na definição dos currículos escolares específicos e no processo de aprendizagem, que devem ser adaptar à realidade das tribos. O objetivo é melhorar a qualidade do ensino, além de preservar e valorizar a cultura de cada comunidade. O autor da proposta, senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, explicou que as aulas também devem ser ministradas na língua de cada etnia, para evitar seu desaparecimento.
(Telmário) “Assim as pessoas não se afastam da sua cultura, não se afastam da sua língua. As pessoas vão perdendo as suas línguas originais. Porque os mais antigos vão morrendo, na escola também não recebem essa língua materna. Tem comunidades hoje que ninguém mais fala a língua materna, todo mundo só fala português. E o nosso objetivo é justamente recuperar isso”
(REP) A proposta já aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa deve ser analisada pela Comissão de Educação antes de seguir para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, George Cardim
PLS 737/2015.