Senadores têm visões diferentes sobre o Índice de Desenvolvimento Inclusivo proposto em Davos — Rádio Senado
Economia

Senadores têm visões diferentes sobre o Índice de Desenvolvimento Inclusivo proposto em Davos

O Índice de Desenvolvimento Inclusivo foi apresentado durante o Fórum Econômico Mundial, que terminou nesta sexta-feira (26) em Davos, na Suíça. O indicador econômico leva em consideração 11 aspectos em três pilares: crescimento, desenvolvimento e inclusão. Os senadores divergem sobre os efeitos da criação do novo indicador, que pretende medir o desenvolvimento dos países e substituir o Produto Interno Bruto. Para o senador Dalirio Beber (PSDB-SC), a proposta mostra o interesse dos países mais ricos em contribuir para diminuir as desigualdades no mundo. “Se pretende fazer com que o mundo cresça, se desenvolva, mas de forma muito mais equilibrada, permitindo que a distância entre as classes mais desfavorecidas e as classes mais abastadas não seja tão grande”. Já o senador Jorge Viana (PT-AC) não confia na boa intenção dos participantes de Davos. “Porque a política que eles implementam não colabora nem para a gente enfrentar a mudança climática, e, muito menos, para a gente poder ter um mundo mais justo e igual, trazendo aqueles que estão excluídos para inclusão”.

26/01/2018, 16h25 - ATUALIZADO EM 26/01/2018, 18h09
Duração de áudio: 02:21
Beto Barata/PR

Transcrição
LOC: O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO FOI APRESENTADO DURANTE O FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL, QUE TERMINA HOJE EM DAVOS, NA SUÍÇA LOC: OS SENADORES DIVERGEM SOBRE OS EFEITOS DA CRIAÇÃO DO NOVO INDICADOR, QUE PRETENDE MEDIR O DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES E SUBSTITUIR O PIB. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: TÉC: O Fórum Econômico Mundial de 2018 propôs o IDI, Índice de Desenvolvimento Inclusivo, para avaliar a prosperidade dos países, em substituição ao Produto Interno Bruto. Segundo o Fórum, há consenso sobre a necessidade de um modelo mais inclusivo e sustentável de crescimento, que promova elevado padrão de vida a todos. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, lembrou de outras iniciativas com o mesmo propósito, como o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, e o PIB verde. Ele elogiou a proposta, mas ressaltou o papel da educação nesses indicadores. (Cristovam) “Agora, está faltando uma coisa: é que eles colocam a educação como uma variável a ser analisada se o país tem uma posição positiva. A educação é mais do que uma variável para medir o bem-estar de uma população. É o vetor para construir o bem-estar”. (Rep): Para o senador Dalírio Beber, do PSDB de Santa Catarina, a proposta mostra o interesse dos países mais ricos em contribuir para diminuir as desigualdades no mundo. (Dalírio Beber) “Se pretende fazer com que o mundo cresça, se desenvolva, mas de forma muito mais equilibrada, permitindo que a distância entre as classes mais desfavorecidas e as classes mais abastadas não seja tão grande. Quem está na gestão das nações também tem responsabilidades com relação às demais nações do mundo”. (Rep): Já o senador Jorge Viana, do PT do Acre, não confia na boa intenção dos participantes de Davos. (Jorge Viana) “Não há hipótese de termos uma solução de um mundo mais sustentável, mais justo, menos desigual vindo de Davos, não tem nenhuma chance. Porque a política que eles implementam não colabora nem para a gente enfrentar a mudança climática, e, muito menos, para a gente poder ter um mundo mais justo e igual, trazendo aqueles que estão excluídos para inclusão”. (Rep): O indicador econômico leva em consideração 11 aspectos em três pilares: crescimento, desenvolvimento e inclusão. O Fórum Econômico Mundial de 2018 acontece de 23 a 26 de janeiro. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

Ao vivo
00:0000:00