CPI da JBS termina com pedidos de indiciamento e análise dos prejuízos econômicos para o país
O Relatório Final da CPMI da JBS pediu o indiciamento de ex-integrante do Ministério Público e de executivos da empresa JBS. O presidente da CPI mista, senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO), afirmou que a investigação poderia ter avançado mais caso tivesse ocorrido a prorrogação dos trabalhos, mas disse estar confiante na atuação do Ministério Público Federal que ficará responsável pela continuidade das investigações.
Transcrição
LOC: O RELATÓRIO FINAL DA CPI MISTA DA JBS PEDIU O INDICIAMENTO DE EX-INTEGRANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DE EXECUTIVOS DA EMPRESA JBS.
LOC: A CONTINUIDADE DAS INVESTIGAÇÕES FICARÁ A CARGO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(TEC): A primeira versão do relatório da CPI Mista da JBS pedia o indiciamento do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, e do ex-assistente dele, o promotor Eduardo Pelella. O deputado licenciado Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul, que hoje é ministro da Secretaria de Governo, havia acusado os dois de conspirarem para derrubar o presidente da República, Michel Temer. Depois da reação de integrantes da CPI, Marun decidiu trocar o pedido de indiciamento por uma investigação por parte do Ministério Público. Mas manteve o pedido de indiciamento do ex-procurador Marcelo Miller, dos irmãos Batista e do executivo Ricardo Saud. Carlos Marun explicou que a alteração no relatório se deveu à materialidade das acusações e à preservação da harmonia entre os poderes.
(Marun): O diálogo, a cautela (...) devem estar presentes na relação entre os poderes (...) para que a vida da democracia se faça num ambiente em que a harmonia e a independência dos poderes seja respeitada.
(Repórter): O relatório final aprovado incorporou um sub-relatório sobre os prejuízos tributários e previdenciários que a JBS causou ao país. O presidente da CPI mista, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, afirmou que a investigação poderia ter avançado mais caso tivesse ocorrido a prorrogação dos trabalhos, mas disse estar confiante na atuação do Ministério Público a partir de agora.
(Ataídes): Espero que a Procuradora-Geral da República, Drª Raquel Dodge, dê andamento a essas investigações. Espero eu que esta CPMI tenha contribuído com essas investigações, tenha contribuído com o nosso País. (...) Lamento não poder ter tido tempo para ter ouvido alguns políticos citados pelos irmãos Batista.
(Repórter): O senador Ataídes sugeriu a instalação de outras comissões de inquérito para dar continuidade às investigações.
