Aprovado o relatório da CPMI da JBS — Rádio Senado
Comissões

Aprovado o relatório da CPMI da JBS

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS foi aprovado nesta quinta-feira (14). O relator, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), concordou em retirar o pedido de indiciamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, mas recomendou o indiciamento do ex-procurador Marcello Miller, suspeito de orientar o grupo JBS antes de deixar o Ministério Público; dos irmãos Joesley e Wesley Batista, acusados de corrupção ativa, uso indevido de informação privilegiada e manipulação de mercado; e do executivo Ricardo Saud, da JBS, por corrupção ativa. O texto recebeu votos contrários de três deputados, que queriam a prorrogação da CPI. O presidente do colegiado, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), lamentou o tempo curto para as investigações, mas avaliou o trabalho final como positivo.

14/12/2017, 13h42 - ATUALIZADO EM 14/12/2017, 14h00
Duração de áudio: 02:17
Geraldo Magela

Transcrição
LOC: O RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUÉRITO DA JBS FOI APROVADO, COM VOTO CONTRÁRIO DE TRÊS DEPUTADOS. LOC: O TEXTO MANTEVE A RECOMENDAÇÃO DE INDICIAMENTO DOS IRMÃOS BATISTA E DEIXOU DE FORA O EX-PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA RODRIGO JANOT. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: TÉC: Em negociação, o relator da Comissão Parlamentar Mista da JBS, deputado Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul, concordou em retirar o pedido de indiciamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Mas pediu o indiciamento do ex-procurador Marcello Miller, suspeito de orientar o grupo JBS antes de deixar o Ministério Público; dos irmãos Joesley e Wesley Batista, acusados de corrupção ativa, uso indevido de informação privilegiada e manipulação de mercado; e do executivo Ricardo Saud, da JBS, por corrupção ativa. Apresentaram voto contrário ao relatório os deputados Delegado Francischini, do Solidariedade do Paraná; Hugo Leal, do PSB do Rio de Janeiro; e João Gualberto, do PSDB da Bahia. O deputado Francischini não concordou com o indiciamento de procuradores. E avaliou que não houve tempo para ouvir pessoas fundamentais para as investigações. (Francischini) “Queríamos a prorrogação da CPI e não foi possível por motivos políticos. Poderíamos fazer muito mais. Nós não ouvimos ex-ministros da Fazenda, como o ex-ministro Guido Mantega. Políticos e poderosos que nós não ouvimos”. (Repórter) Também o deputado João Gualberto queria ouvir mais pessoas. (Gualberto) “Tristeza de não ouvir aqui os corruptos. Não trazer nenhum político aqui para ouvir é o fim do mundo. A gente só trouxe aqui os corruptores e deixamos de fora os políticos”. (Repórter) O presidente da CPI Mista, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, lamentou o tempo curto para as investigações, mas avaliou o trabalho final como positivo. (Ataídes) “Espero eu que esta CPMI tenha contribuído com as investigações, tenha contribuído com o nosso país. Espero que a procuradora-geral da República, doutora Raquel Dodge, dê andamento nessas investigações”. (Repórter) A CPMI foi criada para apurar irregularidades em operações realizadas entre o BNDES e a empresa JBS. O senador Ataídes sugeriu a instalação de outras comissões de inquérito para dar continuidade às investigações.

Ao vivo
00:0000:00