Em depoimento à CPMI da JBS, Marcelo Miller nega ter cometido crime — Rádio Senado
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Em depoimento à CPMI da JBS, Marcelo Miller nega ter cometido crime

O ex-procurador do Ministério Público Federal, Marcelo Miller, afirmou que não cometeu nenhum crime, nem traiu o Ministério Público. Marcelo Miller prestou esclarecimentos em audiência pública na CPMI da JBS. Segundo o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO), Miller só pediu exoneração em 24 de fevereiro de 2017, mas antes disso já mantinha contato com o grupo JBS.

30/11/2017, 11h39 - ATUALIZADO EM 30/11/2017, 14h42
Duração de áudio: 02:12
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O EX-PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, MARCELO MILLER, AFIRMOU QUE NÃO COMETEU NENHUM CRIME, NEM TRAIU O MINISTÉRIO PÚBLICO. LOC: ELE PRESTOU ESCLARECIMENTOS EM ADUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DA JBS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: TÉC.: O ex-procurador do Ministério Público Federal, Marcelo Miller, é suspeito de fazer jogo duplo: atuar em defesa dos interesses dos sócios do Grupo J&F, enquanto ainda atuava no Ministério Público. O presidente da CPMI da JBS, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, informou que Miller só pediu exoneração em 24 de fevereiro de 2017, mas antes disso já mantinha contato com o grupo JBS. Para Ataídes, o ex-procurador agiu por ganância. (Ataídes) “Ganância que o cegou. E fez com que Miller passasse a dar orientações jurídicas e até comportamentais para os seus apalavrados clientes. Se transformou, ali, em um agente do Ministério Público Federal que tinha dois senhores: o interesse público e o livramento dos seus patrões”. (Rep): Miller explicou que pediu exoneração em fevereiro de 2017 e só começou a trabalhar para a JBS em abril. O ex-procurador disse que o contato com a JBS enquanto ainda estava no Ministério Público não configura relação profissional. As orientações para a JBS se apresentar à Justiça, afirmou, seriam dadas a qualquer empresa. Miller negou ter traído o Ministério Público e afirmou não ter cometido nenhum crime. (Miller) “Espera aí! Quais são os crimes que, supostamente, eu teria me articulado para praticar? Eu estava preparando uma empresa, incentivando uma empresa, a se limpar. Organização criminosa, obstrução de Justiça? Era o contrário. Era desobustrução de Justiça. Era, exatamente, para que a empresa fosse lá e falasse a verdade”. (Rep): A CPMI da JBS foi criada para investigar irregularidades envolvendo a empresa JBS em operações realizadas com o BNDES, ocorridas entre 2007 e 2016. E tem como relator o deputado Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso. A comissão tem até o dia 22 de dezembro de 2017 para concluir os trabalhos.

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