Em depoimento à CPI do BNDES, Eike Batista nega irregularidades nos empréstimos obtidos no banco — Rádio Senado
CPI do BNDES

Em depoimento à CPI do BNDES, Eike Batista nega irregularidades nos empréstimos obtidos no banco

Em depoimento à CPI do BNDES nesta quarta-feira (29), o empresário Eike Batista negou privilégios ou irregularidades nos empréstimos obtidos no banco. Ele disse que levou até um ano para conseguir a liberação de financiamentos do BNDES, e que o dinheiro bancou obras de infraestrutura e energia relevantes para o País. Segundo ele, dos R$ 120 bilhões investidos no Brasil, a exemplo do Porto de Açu (RJ), o BNDES liberou R$ 15 bilhões. Eike Batista foi preso no dia 30 de janeiro na Operação Eficiência da Polícia Federal, acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

29/11/2017, 19h20 - ATUALIZADO EM 29/11/2017, 20h12
Duração de áudio: 01:55
CPIBNDES - CPI do BNDES realiza reunião para ouvir  depoimento o empresário fundador do grupo EBX, Eike Batista.

Em pronunciamento, empresário Eike Batista.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM DEPOIMENTO À CPI DO BNDES, O EMPRESÁRIO EIKE BATISTA NEGOU PRIVILÉGIOS OU IRREGULARIDADES NOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS NO BANCO. LOE: O RELATOR DA COMISSÃO INSISTIU EM QUESTIONAMENTOS SOBRE OS REPASSES DE RECURSOS NACIONAIS PARA AS OBRAS FEITAS NO EXTERIOR. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O ex-bilionário Eike Batista disse que levou até um ano para conseguir a liberação de financiamentos do BNDES. Afirmou que o dinheiro bancou obras de infraestrutura e energia relevantes para o País. Segundo ele, dos R$ 120 bilhões investidos no Brasil, a exemplo do Porto de Açu, no Rio de Janeiro, o BNDES liberou R$ 15 bilhões. (Eike) Eram repasses do BNDES porque todos eles eram garantidos por bancos privados, minhas garantias pessoais, mais a garantida de todos os ativos e recebíveis. EP: O relator da CPI, senador Roberto Rocha, questionou Eike Batista sobre a política do BNDES de liberar financiamentos bilionários para obras de infraestrutura no exterior ao citar que o empresário obteve menos recursos apesar de os projetos dele serem no Brasil. (Roberto Rocha) Uma obra, que é o Porto Açu, com investimento de R$ 70 bilhões, teve um aporte de apenas R$ 3,3 bilhões do BNDES, algo em torno de 4%. Por outro lado, o porto Mariel em Cuba, o BNDES financiou 75%. Essas decisões políticas tomadas pelo BNDES nos afligem. REP: Ao senador Lasier Martins, do PSD gaúcho, Eike Batista confirmou a doação de U$ 2,5 milhões para o PT. Mas se recusou a responder sobre a prisão no começo do ano. Para Lasier Martins, o empresário compareceu à CPI em busca de investidores por ter mencionado projetos futuros. (Lasier) Ele se vangloriou muito da riqueza que construiu e do patrimônio de US$ 34 bilhões. Agora quando foi perguntando porque está preso, não respondeu. Ele cometeu irregularidades muito sérias. REP: No dia 30 de janeiro, Eike Batista foi preso na Operação Eficiência da Polícia Federal, um desdobramento da Lava Jato, acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Da RS, HC.

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