CPMI da JBS quer ouvir integrantes do STF para esclarecer fatos sobre as investigações
O acionista majoritário do grupo J&F, Joesley Batista, manteve o silêncio durante a audiência conjunta das comissões de inquérito da JBS e do BNDES. Senadores e deputados querem ouvir integrantes do Supremo Tribunal Federal para esclarecer fatos sobre as investigações. O senador José Medeiros (Podemos – MT), defendeu uma nova delação de Joesley.
![Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS (CPMI-JBS) e CPI do BNDES (CPIBNDES) realizam depoimento do controlador do grupo J&F.
Mesa:
relator da CPIBNDES, senador Roberto Rocha (PSB-MA);
relator da CPMI-JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS);
presidente da CPMI-JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
controlador do grupo J&F, Joesley Batista;
advogado Ticiano Figueiredo;
advogado Pedro Ivo Velloso.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS (CPMI-JBS) e CPI do BNDES (CPIBNDES) realizam depoimento do controlador do grupo J&F.
Mesa:
relator da CPIBNDES, senador Roberto Rocha (PSB-MA);
relator da CPMI-JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS);
presidente da CPMI-JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
controlador do grupo J&F, Joesley Batista;
advogado Ticiano Figueiredo;
advogado Pedro Ivo Velloso.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2017/11/28/cpmi-da-jbs-quer-ouvir-integrantes-do-stf-para-esclarecer-fatos-sobre-as-investigacoes/20171128_00853e.jpg/@@images/10aa8926-5993-4c15-8b57-8024903180ac.jpeg)
Transcrição
LOC: O ACIONISTA MAJORITÁRIO DO GRUPO J&F, JOESLEY BATISTA, MANTEVE O SILÊNCIO DURANTE A AUDIÊNCIA CONJUNTA DAS COMISSÕES DE INQUÉRITO DA JBS E DO BNDES.
LOC: SENADORES E DEPUTADOS QUEREM OUVIR INTEGRANTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA ESCLARECER FATOS SOBRE AS INVESTIGAÇÕES. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) Alguns senadores e deputados ainda tinham esperança de que Joesley Batista, acionista controlador do gurpo J&F, pudesse pelo menos esclarecer alguns pontos da delação que provocou uma profunda crise política no país. O presidente da CPI mista da JBS, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, iniciou a audiência pública conjunta com a CPI do BNDES fazendo uma longa cronologia dos fatos. Joesley, preso desde setembro na Polícia Federal em São Paulo, preferiu ficar em silêncio. O relator da CPI mista, deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul, afirmou que Joesley e Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, só decidiram fazer a delação para a Procuradoria Geral da República porque achavam que seriam protegidos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por procuradores da República e por políticos.
(Carlos Marun) O senhor (...) realizou um jantar que foi importante para essa articulação, ao qual compareceram (...) o senhor (...), o Sr. Saud, o Sr. Fachin e o Senador Renan Calheiros. (...) isso foi importante para que o Sr. Fachin fosse, tranquila e rapidamente, aprovado para o exercício da função de Ministro do STF.
(Repórter) O senador José Medeiros, do Podemos de Mato Grosso, defendeu uma nova delação de Joesley e a convocação de integrantes do STF.
(José Medeiros) E por que o STF, não (...)? Nós não temos que poupar ninguém. Nós temos que averiguar até para que, desse processo todo, se depure e a população brasileira possa sair desse processo (...) confiando nas suas instituições.
(Repórter) A CPI Mista da JBS tem agendada para esta quarta-feira uma audiência pública com o ex-procurador da República Marcelo Miller, acusado de orientar os delatores da JBS quando ainda trabalhava no Ministério Público.