Brasil ainda tem muitos desafios na área ambiental, apontam senadores que participam da COP 23 — Rádio Senado
Meio Ambiente

Brasil ainda tem muitos desafios na área ambiental, apontam senadores que participam da COP 23

13/11/2017, 15h15 - ATUALIZADO EM 13/11/2017, 15h30
Duração de áudio: 02:55
Paula Groba/Rádio Senado

Transcrição
LOC: SENADORES AFIRMAM NA COP 23 QUE APESAR DA REDUÇÃO DO DESMATAMENTO NO BRASIL, AINDA SÃO MUITOS OS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS. LOC: PARLAMENTARES PARTICIPAM DAS DISCUSSÕES NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA CLIMÁTICA, QUE SEGUE ATÉ SEXTA-FEIRA. DIRETO DE BONN, NA ALEMANHA, A REPÓRTER PAULA GROBA TRAZ OS DETALHES: TEC: Em sua vigésima terceira edição, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, COP 23, traz grandes desafios para o mundo. Nas declarações de um dos secretários-gerais das Nações Unidas, Peteeri Taalas, 2017 pode ser considerado um dos anos mais quentes da história, marcado também por secas como as do Brasil e furacões nos Estados Unidos. O Brasil, apesar de protagonista nas negociações internacionais quando o assunto é meio ambiente, traz para a COP dados sobre a redução do desmatamento: 16%. Mas ainda registra altos índices de derrubada de matas nativas: são mais de 6 mil quilômetros quadrados. Somando-se a isso, o país viu seu índice de poluição aumentar. O Brasil aumentou suas emissões de gases de efeito estufa em 9%. É o sétimo país que mais polui a camada de ozônio. E o primeiro da América Latina. Para o presidente da comissão de Mudanças Climáticas, Jorge Viana, do PT do Acre, a diminuição do desmatamento é positiva, mas ainda há grandes desafios a serem vencidos pelo país. (Jorge Viana) Foi muito importante a gente parar um ciclo de desmatamento que vinha ocorrendo a 4 anos. Essa redução de 16% foi importante, teve o esforço dos estados, e claro, é inaceitável que a gente tenha o crescimento do desmatamento na Amazônia brasileira. Mas os desafios do Brasil são enormes: tem redução no orçamento para combate ao desmatamento, tem redução do orçamento para dar suporte às políticas de ciência e tecnologia nas universidades. Isso é um verdadeiro desastre. (REP) Já para Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, é preciso recompor o orçamento do Brasil na área de preservação ambiental. (Vanessa) E eu citaria a principal de todas o fato da aprovação da emenda constitucional no ano passado, final do ano de 2016, que limita os gastos públicos ao que foi aplicado no ano anterior apenas acrescido da inflação. Isso vai limitar muito a ação do estado brasileiro nessa área ambiental. (Rep) Para a senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, a consciência do cidadão e os investimentos no setor são essenciais, sobretudo na área de recursos hídricos. (Lídice): Precisa formar uma consciência cidadã no Brasil inteiro a respeito das dificuldades dos recursos hídricos, dos limites dos recursos hídricos, e portanto criar uma consciência. Mas acima de tudo, precisa investir na conservação dos nosso recursos hídricos. O Rio São Francisco está morrendo, com isso atinge diversas outras bacias de afluentes do rio. (Rep) Esse ano, a COP é presidida por Fiji, um país insular da Oceania, que corre o risco de sumir do mapa caso o nível do mar aumente com o aquecimento global. As reuniões estão sendo sediadas em Bonn, na Alemanha, devido à grandiosidade do evento.

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