Ministro da Fazenda diz que reformas são necessárias para consolidar recuperação da economia
Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) debateram com o ministro da fazenda, Henrique Meirelles, os rumos da economia. Meirelles também respondeu a perguntas de telespectadores sobre a Previdência ser ou não superavitária.
Transcrição
LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATERAM COM O MINISTRO DA FAZENDA, HENRIQUE MEIRELLES, OS RUMOS DA ECONOMIA.
LOC: MEIRELLES TAMBÉM RESPONDEU A PERGUNTAS DE TELESPECTADORES SOBRE A PREVIDÊNCIA SER OU NÃO SUPERAVITÁRIA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apresentou números que apontam o início de um círculo virtuoso na economia. Mas disse que os investimentos, a queda do juro real e o crescimento econômico só virão se as reformas continuarem. Respondendo aos senadores Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, e Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, explicou que as próximas medidas serão discutidas passo a passo. Primeiro, o governo vai ver a reforma da Previdência que sairá do Congresso. A reforma previdenciária foi tema recorrente nas perguntas de telespectadores. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, leu um desses questionamentos para o ministro.
(TASSO): Vários telespectadores levantam a questão mais ou menos na mesma linha do Francisco Campos de Lacerda, de Mato Grosso: “Sabemos que a Previdência é superavitária, mas mesmo assim insistem nessa farsa de reforma já que a maioria de nós não vamos mesmo nunca nos aposentar?”.
(REP): O ministro da Fazenda afirmou que se dependesse dele todo mundo se aposentaria mais cedo, mas alguém teria que pagar por isso. E, levando em consideração todas as receitas e despesas, segundo Meirelles, o déficit é real.
(MEIRELLES): Quando se fala do superávit da Previdência não se inclui na conta o déficit da Previdência dos servidores públicos. É uma das razões pelas quais existe essa distorção. Segundo, agregam dados à Previdência com Saúde e Assistência Social. E no momento que diz que há dinheiro para pagar a Previdência se ignora a necessidade de gastos para saúde e programas sociais.
(REP): O ministro da Fazenda também explicou que a revisão do salário mínimo para menos é determinada pela lei, que o percentual varia de acordo com a inflação, que está em queda. Segundo o Ministério do Planejamento, o mínimo para 2018, antes previsto em 969 reais, deve ficar em 965.