Senado vai homenagear professores, pedindo melhores condições de ensino
Uma Sessão Especial do Senado vai homenagear o Dia do Professor sugerindo medidas para melhorar a situação do ensino no país. A homenagem acontecerá nesta segunda-feira (09) no Plenário do Senado. O senador Cristovam Buarque (PPS – DF) é um dos autores do requerimento para a homenagem. Ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasília, Cristovam fala há anos sobre a precária situação dos professores no país.
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Transcrição
LOC: UMA SESSÃO ESPECIAL DO SENADO VAI HOMENAGEAR O DIA DO PROFESSOR SUGERINDO MEDIDAS PARA MELHORAR A SITUAÇÃO DO ENSINO NO PAÍS.
LOC: A HOMENAGEM ACONTECERÁ NESTA SEGUNDA-FEIRA NO PLENÁRIO DO SENADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TEC: O dia do professor, 15 de outubro, será homenageado no Senado sem grandes motivos para celebração. Comparando com países de economia mais avançada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, os resultados da educação no Brasil são desoladores. Em 2015, mais da metade dos adultos entre 25 e 64 anos não haviam concluído o ensino médio. 17% não chegaram a concluir nem o Ensino Fundamental. Muitas escolas se tornaram ambientes tensos, sujeitos à violência e às drogas. Indisciplina, falta de interesse e vandalismo passaram a frequentar o cotidiano de vários centros educacionais. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, é um dos autores do requerimento para a homenagem. Ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasília, ele fala há anos sobre a precária situação dos professores no país.
(Cristovam) É como se eles estivessem em um campo de batalha. (...) A favor de um futuro diferente para o Brasil. Tentando sobreviver. E com as armas enferrujadas.
(Rep) A reversão desse quadro, segundo Cristovam, passa necessariamente pela mudança da política nacional de educação.
(Cristovam) O grande problema brasileiro, inclusive das universidades, é a educação de base deficiente. (...) As universidades são federais, mas a educação de base é municipal. Nós demos importância às universidades, mas não demos à educação de base. O resultado é (...) não termos nossas universidades entre as melhores do mundo, apesar de sermos a décima economia (...).
(REP) O Brasil destina quase 5% do PIB para a educação, média próxima dos países da OCDE. Mas o investimento por aluno está abaixo da média. Segundo estudos da área, dificilmente as desigualdades socioeconômicas do país serão revertidas se o nível de escolaridade não aumentar. Da Rádio Senado, Floriano Filho.