Especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce do câncer de intestino — Rádio Senado
Saúde

Especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce do câncer de intestino

O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento aumentam as chances de cura do câncer de intestino. O alerta foi feito por especialistas que participaram de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais. A senadora Ana Amélia (PP-RS), que relatou o projeto que deu origem à lei que garante tratamento urgente pelos SUS para pacientes acometidos de câncer, sustenta que “determinados tipos de tumores são mais difíceis de você curar começando mais tarde o tratamento”, informou.

03/10/2017, 17h24 - ATUALIZADO EM 03/10/2017, 19h07
Duração de áudio: 02:10
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa para discutir desafios do diagnóstico e do tratamento do câncer colorretal.

Mesa: 
coordenador-geral de Atenção Especializada do Ministério da  Saúde (MS), Sandro José Martins;
presidente da CAS, senadora Ana Amélia (PP-RS);
representante da Associação Gaúcha de Coloproctologia, Marlise Mello Cerato;
representante da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), Paulo Gonçalves de Oliveira.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DIAGNÓSTICO PRECOCE E O ÍNICIO RÁPIDO DO TRATAMENTO AUMENTAM AS CHANCES DE CURA DO CÂNCER DE INTESTINO. LOC: O ALERTA FOI FEITO POR ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) A audiência pública foi uma iniciativa da senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul. Ela relatou no Senado o projeto, agora lei, que garante a pacientes diagnosticados com câncer o início do tratamento pelo Sistema Único de Saúde em até 60 dias. Como destacou Ana Amélia, detectar precocemente e iniciar rapidamente o tratamento são fundamentais para a cura da doença: (Ana Amélia) “Determinados tipos de tumores são mais difíceis de você curar começando mais tarde o tratamento”. (Repórter) O alerta também foi dado pela representante da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Marlise Cerato, que informou sobre as possíveis causas da doença e sugeriu campanhas informativas à população. (Marlise Cerato) “O câncer colorretal é uma doença silenciosa. Leva em torno de 10 a 15 anos. Então é muito importante as pessoas saberem que não ter sintomas não significa não ter câncer. Fatores que aumentam a incidência do câncer colorretal: gordura saturada animal, carne vermelha porque libera radicais livres e agentes pró-oxidantes, o álcool, a obesidade, o tabagismo, a história familiar”. (Repórter) Segundo o Instituto Nacional de Câncer, em 2016 foram registrados no Brasil quase 17 mil novos casos de câncer de cólon e reto em homens; e quase 18 mil em mulheres. O câncer de intestino é o segundo tipo da doença que mais mata mulheres e o terceiro que atinge os homens no país. Apesar disso, ressaltou a presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, pouco se fala do problema. (Marta Suplicy) “Atinge as mulheres. E tem um preconceito, na verdade, essa é a situação. Porque mesmo quando o Ministério ou nós mesmos fazemos a campanha do Outubro Rosa, ninguém fala desse tipo de câncer. E isso é o que acaba se tornando um dos maiores índices de mortalidade”. (Repórter) Participaram também do debate representantes do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino.

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