Especialistas defendem mais investimentos nas pesquisas com células-tronco — Rádio Senado
Audiência pública

Especialistas defendem mais investimentos nas pesquisas com células-tronco

Especialistas defendem mais investimentos nas pesquisas com células-tronco e criticam bancos de sangue de cordão umbilical privados. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (28) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Segundo o senador Hélio José (PMDB – DF), o debate pode ajudar o Congresso Nacional a mudar a legislação para permitir mais investimentos nas pesquisas e coibir abusos.

28/09/2017, 13h59 - ATUALIZADO EM 28/09/2017, 14h25
Duração de áudio: 02:25
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública para tratar sobre: “A situação da pesquisa e da legislação relacionadas às células tronco”.

Mesa: 
representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Luís Henrique Mascarenhas Moreira;
vice-diretor de Defesa de Classe da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), José Francisco Comenalli Marques Júnior;
chefe de pesquisas sobre células tronco na Fiocruz, Ricardo Ribeiro;
presidente eventual da CDH, senador Hélio José (PMDB-DF);
consultor técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde  (SCTIE/MS), Augusto Barbosa Júnior;
vice-diretor financeiro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Alfredo Mendrone.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS DEFENDEM MAIS INVESTIMENTOS NAS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO E CRITICAM BANCOS DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL PRIVADOS. LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA NESTA QUINTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. REPÓRTER GEORGE CARDIM (Repórter) Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, especialistas apontaram avanços na pesquisa e no uso de células-tronco no tratamento de diversas doenças, como cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes, mal de Parkinson e lesões na medula óssea. Os pesquisadores disseram que as células-tronco representam uma esperança para a medicina regenerativa porque são capazes de se transformar em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos e músculos. Mas explicaram que o uso indevido representa uma falsa promessa de cura e apresenta riscos, como o surgimento de tumores. O chefe de pesquisas sobre células-tronco na Fiocruz, Ricardo Ribeiro, lembrou que os custos dos estudos são caros e defendeu mais recursos para a área. (Ricardo Ribeiro) “É de alta complexidade, é uma estrutura caríssima, a manutenção disso está fora do poder de qualquer órgão público, porque o dia a dia de manter uma sala limpa para pesquisas com células tronco é caríssimo. Então tem que ter um financiamento” (Repórter) Os convidados também criticaram o marketing considerado abusivo dos bancos privados de sangue do cordão umbilical e defenderam que o armazenamento destas células-tronco deveria ser feito em bancos públicos, como hemocentros. O senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, disse que o debate pode ajudar o Congresso a mudar a legislação para permitir mais investimentos nas pesquisas e coibir abusos. (Hélio José) “Nossa legislação apresenta lacunas que restringem a atividade de pesquisa. Nossa intenção, não é constranger nem restringir o dom do conhecimento E saber que nós os legisladores podem fazer para apoiar o desenvolvimento da ciência e garantir a vida” (Repórter) Atualmente, existem no Brasil 13 bancos públicos de sangue do cordão umbilical e placentário que fazem parte da rede BrasilCord, do Ministério da Saúde. O objetivo é aumentar as chances dos pacientes que não possuem doadores com grau de parentesco.

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