Especialistas defendem mais investimentos nas pesquisas com células-tronco
Especialistas defendem mais investimentos nas pesquisas com células-tronco e criticam bancos de sangue de cordão umbilical privados. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (28) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Segundo o senador Hélio José (PMDB – DF), o debate pode ajudar o Congresso Nacional a mudar a legislação para permitir mais investimentos nas pesquisas e coibir abusos.
![Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública para tratar sobre: A situação da pesquisa e da legislação relacionadas às células tronco.
Mesa:
representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Luís Henrique Mascarenhas Moreira;
vice-diretor de Defesa de Classe da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), José Francisco Comenalli Marques Júnior;
chefe de pesquisas sobre células tronco na Fiocruz, Ricardo Ribeiro;
presidente eventual da CDH, senador Hélio José (PMDB-DF);
consultor técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Augusto Barbosa Júnior;
vice-diretor financeiro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Alfredo Mendrone.
Foto: Pedro França/Agência Senado
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública para tratar sobre: A situação da pesquisa e da legislação relacionadas às células tronco.
Mesa:
representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Luís Henrique Mascarenhas Moreira;
vice-diretor de Defesa de Classe da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), José Francisco Comenalli Marques Júnior;
chefe de pesquisas sobre células tronco na Fiocruz, Ricardo Ribeiro;
presidente eventual da CDH, senador Hélio José (PMDB-DF);
consultor técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Augusto Barbosa Júnior;
vice-diretor financeiro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Alfredo Mendrone.
Foto: Pedro França/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2017/09/28/especialistas-defendem-mais-investimentos-nas-pesquisas-com-celulas-tronco/20170928_01291pf.jpg/@@images/63f1af4c-8853-4717-8b90-ebf9e2e9c868.jpeg)
Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS DEFENDEM MAIS INVESTIMENTOS NAS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO E CRITICAM BANCOS DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL PRIVADOS.
LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA NESTA QUINTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. REPÓRTER GEORGE CARDIM
(Repórter) Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, especialistas apontaram avanços na pesquisa e no uso de células-tronco no tratamento de diversas doenças, como cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes, mal de Parkinson e lesões na medula óssea. Os pesquisadores disseram que as células-tronco representam uma esperança para a medicina regenerativa porque são capazes de se transformar em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos e músculos. Mas explicaram que o uso indevido representa uma falsa promessa de cura e apresenta riscos, como o surgimento de tumores. O chefe de pesquisas sobre células-tronco na Fiocruz, Ricardo Ribeiro, lembrou que os custos dos estudos são caros e defendeu mais recursos para a área.
(Ricardo Ribeiro) “É de alta complexidade, é uma estrutura caríssima, a manutenção disso está fora do poder de qualquer órgão público, porque o dia a dia de manter uma sala limpa para pesquisas com células tronco é caríssimo. Então tem que ter um financiamento”
(Repórter) Os convidados também criticaram o marketing considerado abusivo dos bancos privados de sangue do cordão umbilical e defenderam que o armazenamento destas células-tronco deveria ser feito em bancos públicos, como hemocentros. O senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, disse que o debate pode ajudar o Congresso a mudar a legislação para permitir mais investimentos nas pesquisas e coibir abusos.
(Hélio José) “Nossa legislação apresenta lacunas que restringem a atividade de pesquisa. Nossa intenção, não é constranger nem restringir o dom do conhecimento E saber que nós os legisladores podem fazer para apoiar o desenvolvimento da ciência e garantir a vida”
(Repórter) Atualmente, existem no Brasil 13 bancos públicos de sangue do cordão umbilical e placentário que fazem parte da rede BrasilCord, do Ministério da Saúde. O objetivo é aumentar as chances dos pacientes que não possuem doadores com grau de parentesco.