CDH vai debater massacre de índios isolados na Amazônia — Rádio Senado
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CDH vai debater massacre de índios isolados na Amazônia

O massacre de povos indígenas isolados na Região Amazônica será tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). A presidente do colegiado, senadora Regina Sousa (PT-PI), é autora do requerimento para a realização da audiência. Ela entende que a dificuldade de acesso à região não pode ser usada como justificativa para não haver fiscalização das terras indígenas. Ela quer convocar a Funai para que o órgão esclarece em que medida os cortes orçamentários enfraqueceram o trabalho de proteção dos índios isolados.

14/09/2017, 20h00 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h43
Duração de áudio: 01:38

Transcrição
LOC: O MASSACRE DE POVOS INDÍGENAS ISOLADOS DA REGIÃO DA AMAZÔNIA SERÁ TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS LOC: A PRESIDENTE DO COLEGIADO, SENADORA REGINA SOUSA, DO PT DO PIAUÍ, LAMENTOU A FALTA DE FISCALIZAÇÃO E ACESSO À REGIÃO, UTILIZADA POR GARIMPEIROS ILEGAIS. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: A comissão de Direitos Humanos quer ouvir o presidente da Fundação Nacional do Indio, Funai, e representantes do Ministério Público Federal do Amazonas sobre a denúncia de suposto massacre de índios isolados na região que fica entre rios Jandiatuba e Jutaí, no Amazonas, próxima à fronteira com o Peru. Segundo a Funai, após notícias sobre o suposto ataque, garimpeiros foram presos e conduzidos a Tabatinga para prestarem depoimento, cumprindo mandado de busca e apreensão. O ministério Público já iniciou investigações sobre o garimpo ilegal na região e confirmou que vem recebendo denúncias de moradores e da própria Funai sobre a violência. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, lamentou o ocorrido que pode ter causado o assassinato de pelo menos 20 pessoas. Ela é autora de um pedido de audiência pública sobre o tema e cita a questão da falta de acesso e fiscalização na região. (REGINA) E a gente precisa esclarecer isso, porque a gente já ouviu que é difícil o acesso então não pode ficar por isso mesmo só porque o acesso é difícil então a gente tem que chegar lá. Então a gente quer ouvir a Funai sobre esse assunto, porque a gente sabe que a precariedade das estruturas, cinco postos foram fechados naquela região. Esclarecer também e tirar os encaminhamentos necessários e possíveis de serem feitos. (REPÓRTER) Segundo a Funai, há poucos agentes para fazerem a fiscalização na área, com cerca de 85 mil quilômetros quadrados e que abriga aproximadamente 5 mil índios isolados. Para se chegar até o local são necessárias 12 horas de barco. A audiência pública no Senado ainda não tem dada definida. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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