Governo e oposição divergem sobre anúncio de privatização da Eletrobrás — Rádio Senado
Privatização

Governo e oposição divergem sobre anúncio de privatização da Eletrobrás

22/08/2017, 18h23 - ATUALIZADO EM 22/08/2017, 18h23
Duração de áudio: 02:05
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Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO CRITICA DECISÃO DO GOVERNO DE VENDER PARTE DA ELETROBRÁS E PREVÊ UMA ENXURRADA DE AÇÕES JUDICIAIS. LOC: GOVERNISTAS CITAM QUE A ENERGIA PODERÁ FICAR MAIS BARATA COM O AUMENTO DE INVESTIMENTOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O governo federal decidiu privatizar a Eletrobrás, estatal responsável pela geração e transmissão de energia elétrica. Mas a União continuará acionista com um percentual menor do que os atuais 51%. O governo alega que os investimentos só poderiam ser feitos com o aumento da conta de luz. Ao considerar equivocada a privatização, o senador Jorge Viana, do PT do Acre, acredita que o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e até a sociedade poderão recorrer à justiça contra a venda da Eletrobrás. (Jorge Viana) Tinha que ter uma reação da sociedade contra isso. Se fosse vender parte da geração de energia ou de distribuição de energia tinha que ser por um preço melhor. Estão vendendo o patrimônio a preço de banana. (Repórter) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, antecipou que o Ministério de Minas e Energia fará um bom negócio diante da valorização das ações da Eletrobrás com o anúncio da venda. (Romero Jucá) O governo vai agora estudar a formatação de como isso pode ocorrer, qual é a quantidade de ações que pode ser vendida no momento correto para valorizar ainda mais as ações. Mais investimentos no setor de energia representa energia mais barata, mais abundante e de qualidade. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, ressaltou que a privatização vai comprometer os investimentos. (Vanessa Grazziotin) Grande parte dos programas de geração de energia são subsidiados para que as pessoas que vivam no interior da Amazônia tenham energia como os que vivem no Nordeste. Se privatizar a Eletrobrás, vamos diminuir a capacidade de investimento e deixar de promover essa função social. (Repórter) Mas o senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, argumentou que a Agência Nacional de Energia Elétrica poderá fazer o controle dos investimentos sem a necessidade de o governo intervir. (José Agripino) Se você entrega e regula o setor que está privatizado através de uma agência a quem você dê força para exercer o seu papel, a sociedade só tem a ganhar. (Repórter) A venda de parte da Eletrobrás poderá render R$ 20 bilhões apesar das dívidas de R$ 38 bilhões.

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