Para Eunício, decisão de rever meta fiscal foi melhor que um possível aumento de impostos
Para o presidente do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB – CE) a decisão do governo de revisar a meta fiscal para 2017 e 2018 foi melhor que um possível aumento de impostos, o que segundo ele, teria resistência no Congresso Nacional. Eunício Oliveira destacou que com a arrecadação de impostos abaixo do esperado, é inevitável cortar gastos. O presidente do Senado disse, no entanto, que é contra o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos, de 11% para 14%. A medida anunciada pela equipe econômica prevê cobrança progressiva, conforme o salário do servidor, com previsão de arrecadação de um bilhão e 900 milhões de reais. Para Eunício Oliveira, medidas como estas terão dificuldades de aprovação no Congresso.
Transcrição
LOC: PARA O PRESIDENTE DO SENADO, A DECISÃO DO GOVERNO DE REVISAR A META FOI MELHOR QUE UM POSSÍVEL AUMENTO DE IMPOSTOS, O QUE SEGUNDO ELE, TERIA RESISTÊNCIA NO CONGRESSO NACIONAL.
LOC: EUNÍCIO OLVEIRA DESTACOU QUE COM A ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS ABAIXO DO ESPERADO, É INEVITÁVEL CORTAR GASTOS. REPÓRTER PAULA GROBA.
(Repórter) O presidente do Senado, Eunício Oliveira, avaliou que a revisão da meta para 159 bilhões foi melhor do que um possível aumento de impostos. Segundo ele, a classe política não está confortável e nem desejava medidas de contenção de gastos, mas, com as contas no vermelho, o caminho era inevitável.
(Eunício Oliveira) Entre a ampliação da meta fiscal, que não é algo desejado pelo mundo político, mas é a realidade brasileira, e a criação de novos impostos, lamentavelmente terei que ficar com uma das duas alternativas e ficarei com a ampliação da meta fiscal, que é menos danosa para a sociedade brasileira do que aumento de carga tributária de pessoa física ou de aumento da CPMF.
(Repórter) O presidente do Senado disse, no entanto, que é contra o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos, de 11% para 14%. A medida anunciada pela equipe econômica prevê cobrança progressiva, conforme o salário do servidor, com previsão de arrecadação de um bilhão e 900 milhões de reais. Para Eunício Oliveira, medidas como estas terão dificuldades de aprovação no Congresso.
(Eunício Oliveira) Eu disse com todas as letras que não concordava com essa posição e que se fosse encaminhada ao Congresso, a aprovação dessas matérias teria muita dificuldade, muita dificuldade principalmente se for pessoa física.
(Repórter) O governo ainda anunciou a extinção de 60 mil cargos do Executivo; o adiamento por um ano do reajuste de salário dos servidores de algumas categorias que já estavam acordadas para o início do ano que vem e a previsão de reajuste do salário mínimo menor que o previsto em 2018, no valor de 969 reais. As medidas ainda devem ser votadas pelo Congresso Nacional.