Ministro de Segurança Institucional afirma que ABIN não recebeu ordens de espionar autoridades ligadas à Lava Jato
![Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizam audiência conjunta e interativa com a presença do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, para prestar esclarecimentos de denúncia de uso da Abin para investigar autoridades da Lava Jato.
Bancada:
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG);
senador José Medeiros (PSD-MT), em pronunciamento;
senadora Ana Amélia (PP-RS);
senador Pedro Chaves (PSC-MS).
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizam audiência conjunta e interativa com a presença do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, para prestar esclarecimentos de denúncia de uso da Abin para investigar autoridades da Lava Jato.
Bancada:
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG);
senador José Medeiros (PSD-MT), em pronunciamento;
senadora Ana Amélia (PP-RS);
senador Pedro Chaves (PSC-MS).
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2017/08/10/ministro-de-seguranca-institucional-afirma-que-abin-nao-recebeu-ordens-de-espionar-autoridades-ligadas-a-lava-jato/20170810_00223g.jpg/@@images/d9720f34-2419-475e-a003-e4814a2886ee.jpeg)
Transcrição
LOC: A AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA NÃO RECEBEU ORDENS PARA ESPIONAR INTEGRANTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE PARTICIPAM DA OPERAÇÃO LAVA-JATO.
LOC: A AFIRMAÇÃO É DO MINISTRO DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, QUE FALOU SOBRE O ASSUNTO DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) A audiência pública ocorreu durante reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Direitos Humanos do Senado. Os senadores ouviram o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen. Um dos principais pontos foi uma denúncia publicada em junho pela revista Veja. A reportagem afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, teria sido usada para investigar autoridades da Lava Jato. Segundo a publicação, o serviço secreto teria investigado indevidamente o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. Ele é relator da operação "Lava Jato" no Supremo Tribunal Federal. Também é responsável pelo inquérito que investiga a delação do grupo JBS que contém acusações contra o presidente da República, Michel Temer. Na época, ele negou a espionagem. Mas o senador Jorge Viana, do PT do Acre, quis confirmar com o general Etchegoyen a veracidade da informação.
(Jorge Viana) Eu gostaria de saber se o serviço secreto brasileiro, a Abin, alimentou o presidente com alguma informação que o levasse a uma situação tão extrema como essa de pedir a suspeição da lava-jato, do combate à corrupção feito pelo Ministério Público, com ajuda de parte do Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (...).
(Repórter) O ministro Etchegoyen reafirmou o respeito às leis e às instituições pelo sistema nacional de inteligência, que também é controlado pelo próprio Congresso Nacional. E desmentiu a reportagem da revista.
(Etchegoyen) O fato relatado não é verdadeiro. Ele não aconteceu. (...) Eu não recebi esta ordem, nem sequer um pedido. Eu não transmiti uma ordem, sequer um pedido. E tenho confiança – veja o risco que estou correndo –, absoluta na Agência Brasileira de Inteligência.
(Repórter) Após a audiência pública, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou uma emenda ao Tratado da Unasul, o bloco dos doze países da América do Sul, sobre o Compromisso com a Democracia. E ainda, o Estatuto do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde.