Ministro de Segurança Institucional afirma que ABIN não recebeu ordens de espionar autoridades ligadas à Lava Jato — Rádio Senado

Ministro de Segurança Institucional afirma que ABIN não recebeu ordens de espionar autoridades ligadas à Lava Jato

10/08/2017, 14h07 - ATUALIZADO EM 10/08/2017, 14h07
Duração de áudio: 02:17
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizam audiência conjunta e interativa com a presença do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, para prestar esclarecimentos de denúncia de uso da Abin para investigar autoridades da Lava Jato.

Bancada:
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG);
senador José Medeiros (PSD-MT), em pronunciamento; 
senadora Ana Amélia (PP-RS);
senador Pedro Chaves (PSC-MS).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA NÃO RECEBEU ORDENS PARA ESPIONAR INTEGRANTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE PARTICIPAM DA OPERAÇÃO LAVA-JATO. LOC: A AFIRMAÇÃO É DO MINISTRO DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, QUE FALOU SOBRE O ASSUNTO DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A audiência pública ocorreu durante reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Direitos Humanos do Senado. Os senadores ouviram o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen. Um dos principais pontos foi uma denúncia publicada em junho pela revista Veja. A reportagem afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, teria sido usada para investigar autoridades da Lava Jato. Segundo a publicação, o serviço secreto teria investigado indevidamente o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. Ele é relator da operação "Lava Jato" no Supremo Tribunal Federal. Também é responsável pelo inquérito que investiga a delação do grupo JBS que contém acusações contra o presidente da República, Michel Temer. Na época, ele negou a espionagem. Mas o senador Jorge Viana, do PT do Acre, quis confirmar com o general Etchegoyen a veracidade da informação. (Jorge Viana) Eu gostaria de saber se o serviço secreto brasileiro, a Abin, alimentou o presidente com alguma informação que o levasse a uma situação tão extrema como essa de pedir a suspeição da lava-jato, do combate à corrupção feito pelo Ministério Público, com ajuda de parte do Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (...). (Repórter) O ministro Etchegoyen reafirmou o respeito às leis e às instituições pelo sistema nacional de inteligência, que também é controlado pelo próprio Congresso Nacional. E desmentiu a reportagem da revista. (Etchegoyen) O fato relatado não é verdadeiro. Ele não aconteceu. (...) Eu não recebi esta ordem, nem sequer um pedido. Eu não transmiti uma ordem, sequer um pedido. E tenho confiança – veja o risco que estou correndo –, absoluta na Agência Brasileira de Inteligência. (Repórter) Após a audiência pública, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou uma emenda ao Tratado da Unasul, o bloco dos doze países da América do Sul, sobre o Compromisso com a Democracia. E ainda, o Estatuto do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde.

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