Congresso homenageia os oitenta anos da União Nacional dos Estudantes (UNE) — Rádio Senado
sessão solene

Congresso homenageia os oitenta anos da União Nacional dos Estudantes (UNE)

10/08/2017, 14h18 - ATUALIZADO EM 10/08/2017, 14h18
Duração de áudio: 03:23
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS OITENTA ANOS DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, UNE, FORAM COMEMORADOS EM SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL. LOC: EX-PRESIDENTES E ATUAIS LIDERANÇAS DA ENTIDADE LEMBRARAM LUTAS DO PASSADO E COLOCARAM A DEFESA PELA UNIVERSIDADE PÚBLICA ENTRE OS DESAFIOS QUE SE IMPÕEM NO PRESENTE. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira, abriu a sessão em homenagem aos 80 anos da União Nacional dos Estudantes lembrando que, como ele, muitos parlamentares e lideranças políticas começaram no movimento estudantil: (Eunício) Pode-se dizer que a UNE, muitas vezes, foi escola. Capitaneou, nos meios estudantis a resistência contra a intolerância e a exceção por décadas da nossa história política do Brasil. (REP) A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, traçou um histórico da UNE, fundada em 11 de agosto de 1937, e lembrou as lutas da entidade contra o nazi-fascismo, na Segunda Guerra; contra a ditadura e pela redemocratização do país. Vanessa lembrou, também, de Honestino Guimarães, presidente da UNE entre 1971 e 73, assassinado pelos militares: (Vanessa) Um dos exemplos da resistência foi o jovem Honestino Guimarães, ex-presidente da UNE que foi morto pela ditadura e que hoje é homenageado aqui na capital federal com o nome que emprestou a uma das mais belas pontes da nossa cidade. (REP) Presidente da UNE entre 1963 e 64, ano do golpe que deu início à ditadura militar, o senador José Serra, do PSDB de São Paulo, acredita que a entidade deve pensar o Brasil do futuro: (Serra) Conseguir retomar o debate sobre o Brasil. Acho que é preciso retomar a atividade cultural, os debates sobre a realidade brasileira. (REP) O ex-deputado Aldo Arantes foi eleito presidente da UNE em 1961 e atuou na “Campanha da legalidade”, que exigiu a posse de João Goulart na presidência. Arantes disse que hoje, como no passado, impõe-se aos estudantes lutar contra uma tendência à despolitização da juventude: (Aldo) Estímulo ao individualismo, a ideia de que o estudante deve se preocupar com profissionalização e abandona, não tem mais responsabilidade com a luta política. (REP) O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, que foi presidente da UNE entre 1992 e 93, disse que a crise atual, que atinge as universidades públicas, exige que a UNE, novamente, se mobilize: (Lindbergh) A Une sempre cresceu – e a contradição é essa - em momentos de crise profunda como essa que a gente está enfrentando. (REP) Jessy Dayane, vice-presidente da UNE, acrescenta aos desafios do movimento estudantil a luta por igualdade, diversidade e pela continuidade das políticas de acesso e permanência de todos nas universidades públicas: (Jessy) A universidade tem que ter mulher, tem que ter negro, tem que ter lgbt, tem que ter muito pobre dentro dela, para que a gente possa construir uma universidade que tenha a cara do trabalhador, do povo brasileiro. (REP) A presidente eleita da UNE, Marianna Dias, se comprometeu a trabalhar para que a entidade continue sua tradição de lutas: (Marianna Dias) Nós queremos dar contribuição, também, para que a UNE possa comemorar mais 80, mais 100 e quantos mais anos caberem à União Nacional dos Estudantes. (REP) O Hino da União Nacional dos Estudantes, que abriu a sessão solene do que homenageou os 80 anos da entidade, é uma composição de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra.

Ao vivo
00:0000:00