Senadores criticam proposta de transferência de parte da Hemobrás para o Paraná
Transcrição
LOC: OS SENADORES CRITICARAM A PROPOSTA DE TRANSFERÊNCIA DE PARTE DA INDÚSTRIA DE HEMODERIVADOS DE PERNAMBUCO PARA O PARANÁ.
LOC: A HIPÓTESE ESTÁ SENDO AVALIADA PELO MINISTRO DA SAÚDE, RICARDO BARROS, QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA, NESTA QUARTA-FEIRA, NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
(Repórter) Entre os assuntos tratados pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, na audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais, a questão da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, Hemobrás, teve destaque. O ministério negocia, com a empresa suíça Octapharma, a transferência de parte da indústria de Goiana, em Pernambuco, para Maringá, no Paraná. De acordo com Ricardo Barros, a parceria privada seria necessária, pois não há recurso público para a conclusão das obras. Sem o término da planta, o trabalho fica limitado ao fracionamento do sangue, sem a produção do chamado “fator 8 recombinante”, tecnologia que atrairia investimentos para Pernambuco. Ricardo Barros, que é do Paraná, disse que não há direcionamento na negociação e que, se apresentadas outras propostas, o ministério não interferirá:
(Ricardo Barros) Nós não estamos, de nenhuma forma, obstando que o Estado de Pernambuco tenha a sua fábrica de recombinante, tenha sua fábrica de fracionamento.
(Repórter) Na opinião do senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, o ministério deveria se posicionar em prol do polo pernambucano, pois não se trata apenas de avaliar propostas, mas optar pelo projeto de desenvolvimento da região Nordeste:
(Humberto Costa) Essa definição de que o fator 8 recombinante é parte integral e parte indissoluvelmente ligada à Hemobrás com sede em Pernambuco, é parte de um projeto de Estado.
(Repórter) O senador Armando Monteiro, do PSB de Pernambuco, diz que o Ministério deve assegurar que as empresas concorram em condições de igualdade:
(Armando Monteiro) Que, a partir daí, se ofereça condições absolutamente isonômicas para que outros parceiros privados entrem nesse jogo, agora, não há ninguém que entre nesse jogo sem o acerto com o agente público e com o Ministério da Saúde.
(Repórter) Em novembro de 2016, o presidente da Hemobrás, Oswaldo Castilho, disse no Senado que já tinham sido investidos um bilhão de reais na planta da fábrica em Pernambuco e que 71% das obras estavam concluídas.
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