Senadores acreditam que intervenções do Exército não acabam com violência em grandes centros urbanos — Rádio Senado
Violência

Senadores acreditam que intervenções do Exército não acabam com violência em grandes centros urbanos

31/07/2017, 16h25 - ATUALIZADO EM 31/07/2017, 17h40
Duração de áudio: 02:18
Tomaz Silva/Agência Brasil

Transcrição
LOC: SENADORES ACREDITAM QUE INTERVENÇÕES DO EXÉRCITO EM GRANDES CENTROS URBANOS NÃO VÃO ACABAR COM A VIOLÊNCIA ENQUANTO NÃO HOUVER MAIOR FISCALIZAÇÃO DAS FRONTEIRAS. LOC: O ASSUNTO VEM SENDO DEBATIDO NO SENADO BEM ANTES DA ATUAL OPERAÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: Cerca de 8.500 militares das Forças Armadas começaram a vigiar ruas e avenidas do Rio de Janeiro, onde a violência atingiu níveis recordes. Mas os índices de criminalidade também têm crescido em todo o país, como lembrou o senador Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina. Para ele, os jovens estão entre as principais vítimas do descaso e da incapacidade pública. (Dário) A falta de oportunidade, o desemprego, (..), as diferenças sociais, os descasos dos governos com políticas públicas de assistência social levaram nossos jovens à marginalidade. Além dessas causas sociais, a disputa entre facções criminosas pelo comando do tráfico. Senadores acreditam que intervenções do Exército não acabam com violência em grandes centros urbanos (REP) O senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, afirmou que a sociedade brasileira quer mais segurança. (Telmário) Se consultar a população brasileira, 90% quer sim o Exército na rua (...) para prender os criminosos que hoje impedem o cidadão de bem andar tranquilamente nas ruas ou conviver tranquilamente na sua casa. (REP) O senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, lembrou que sem proteger melhor as fronteiras brasileiras, será difícil reduzir a violência no país. (Medeiros) Nós não temos 15 agentes das três esferas de governo (...) protegendo essa fronteira. (...) Descem os carros roubados no Sul, Sudeste (...) e boa parte vai com destino à Bolívia. (...) Voltam armas de grosso calibre, armas de guerra e também muita droga. (REP) Quando participou de uma audiência pública no Senado, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, confirmou a fragilidade das fronteiras nacionais. (Villas) Nossa capacidade de vigiar fronteiras é muito aquém da necessidade, muito aquém. Nós não temos, realmente, eficiência. Nós podemos dizer que na Amazônia o tráfico praticamente é livre. (...) A presença da [Polícia] federal nas fronteiras é irrisória.. (REP) Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, está sendo organizada uma segunda etapa da operação das Forças Armadas com ações de inteligência para combate ao tráfico de armas e drogas e menos presença nas ruas. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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