Rose de Freitas afirma que responsabilidade da Comissão de Combate a Violência Contra a Mulher é contínua — Rádio Senado
Balanço 1º semestre

Rose de Freitas afirma que responsabilidade da Comissão de Combate a Violência Contra a Mulher é contínua

Instalada em maio deste ano, a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM) tem o papel de fiscalizar e acompanhar a aplicação de leis como a Maria da Penha e as políticas públicas para enfrentar os crimes contra as mulheres. Para a vice-presidente da comissão, senadora Rose de Freitas (PMDB ES), a responsabilidade do colegiado é contínua, pois os números ainda são alarmantes. mas a educação ainda é a saída mais eficaz.

21/07/2017, 15h30 - ATUALIZADO EM 21/07/2017, 18h25
Duração de áudio: 02:16
Tadeu Sposito/Agência Senado

Transcrição
LOC: INSTALADA EM MAIO DESTE ANO, A COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER TEM O PAPEL DE FISCALIZAR E ACOMPANHAR A APLICAÇÃO DE LEIS COMO A MARIA DA PENHA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ENFRENTAR OS CRIMES CONTRA AS MULHERES. LOC: PARA A VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO, SENADORA ROSE DE FREITAS, A RESPONSABILIDADE DO COLEGIADO É CONTÍNUA, POIS OS NÚMEROS AINDA SÃO ALARMANTES. MAS A EDUCAÇÃO AINDA É A SAÍDA MAIS EFICAZ. A REPORTAGEM É DE PAULA GROBA. (Repórter) Mesmo com a criação das leis do Feminicídio, em 2015, e Maria da Penha, há dez anos, para punir os autores da violência contra mulheres, os números ainda são alarmantes no País. Pelo menos sete mulheres morrem todos os dias vítimas de violência no Brasil, estatística que coloca o País em quinto lugar no ranking entre os que mais registram feminicídio no mundo. Apesar dos avanços na legislação e maior esclarecimento da sociedade sobre o tema, ainda há muitos desafios, como o atendimento especializado às vítimas e a necessidade de aumentar a conscientização sobre o que é violência doméstica. A vice-presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, diz que o trabalho no Congresso deve ser contínuo, mas que o ensino de igualdade de direitos é a saída para o fim da violência. (Rose de Freitas) A sociedade não pode continuar a exigir a aprovação de mais leis, estejam sendo construídas, se não houver um processo educacional. Se a criança aprende a respeitar, ela vai aprender a igualdade, ou seja, eu não posso fazer com ela o que não quero que façam comigo. E daí pra frente nós vamos ter alguma conquista. (Repórter) No país, uma em cada três mulheres sofre algum tipo de violência, mas apenas seis por cento chegam a denunciar as agressões. Rose de Freitas lembra que a situação cultural e econômica da mulher muitas vezes se torna um empecilho para que ela deixe de viver com o agressor. (Rose de Freitas) Primeiro a situação econômica da mulher que faz com que ela aceite essa condição muitas vezes até por sobrevivência econômica da família. A mulher muitas vezes não tem os incentivos que o homem tem, não tem a cultura que o homem tem e muitas vezes quando ela tem os filhos e também não faz parte de nenhuma discussão sobre planejamento familiar ela acha que tem que submeter porque a única maneira que ela tem é contar muitas vezes com o salário do marido. (Repórter) Segundo a senadora, no segundo semestre o desafio é continuar debatendo formas de prevenção e punição contra agressores e trabalhar para que o Ministério da Educação altere a grade curricular de ensino, para incluir matéria que trate de Direitos Humanos e Cidadania.

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