Situação política da Venezuela dominou debates do Parlasul neste primeiro semestre — Rádio Senado
Mercosul

Situação política da Venezuela dominou debates do Parlasul neste primeiro semestre

A situação política na Venezuela dominou os debates do Parlasul neste primeiro semestre. A representação venezuelana no Parlasul chegou a ser impedida de participar das reuniões do bloco depois dos passaportes de seus membros serem cancelados pelo governo Nicolas Maduro. Mas após diversas discussões, o parlamento aprovou uma proposta do senador Roberto Requião (PMDB – PR) defendendo a permanência do Legislativo regional. Na avaliação de Requião, a decisão foi correta e reforça a democracia.  Além da crise no país vizinho, a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul ainda promoveu discussões sobre o combate ao trabalho infantil e as hidrovias do Mercosul.

20/07/2017, 13h42 - ATUALIZADO EM 20/07/2017, 16h10
Duração de áudio: 02:16
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Transcrição
LOC: A SITUAÇÃO POLÍTICA NA VENEZUELA DOMINOU OS DEBATES DO PARLASUL NESTE PRIMEIRO SEMESTRE. LOC: ALÉM DA CRISE NO PAÍS VIZINHO, A REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO BLOCO AINDA PROMOVEU DISCUSSÕES SOBRE O COMBATE AO TRABALHO INFANTIL E AS HIDROVIAS DO MERCOSUL. REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. (Repórter) Em meio a uma grande crise política, a situação da Venezuela tomou conta dos debates do Parlamento do Mercosul neste primeiro semestre. Após uma visita ao país, parlamentares constataram que os direitos fundamentais da população estavam sendo violados. Esse desrespeito às normas internacionais já havia resultado na suspensão do país vizinho do Mercosul, em dezembro de 2016. A representação venezuelana no Parlasul chegou a ser impedida de participar das reuniões do bloco depois dos passaportes de seus membros serem cancelados pelo governo Maduro. Mas após diversas discussões, o parlamento aprovou uma proposta do senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, defendendo a permanência do Legislativo regional. Na avaliação de Requião, a decisão foi correta e reforça a democracia: (Roberto Requião) O Parlasul, pela direita e pela esquerda, considerou com horror essa decisão e comunicou ao Conselho do Mercosul que não vai admitir a saída da Venezuela. Mas ao mesmo tempo, nós tiramos uma posição exigindo do governo da Venezuela que dê passaporte e viabilize a presença dos parlamentares venezuelanos, que são oposição ao Maduro, nas nossas reuniões plenárias. (Repórter) Outro tema debatido foi o combate ao trabalho infantil, em um seminário internacional promovido em Brasília pela representação brasileira no Parlasul. Representantes de governos e dos Legislativos propuseram alternativas para acabar com a prática nos países que integram o bloco. Discutiram, ainda, a ampliação das atribuições do colegiado, e a situação das hidrovias do Mercosul. Presidente da representação brasileira, o deputado Celso Russomanno, do PRB de São Paulo, avaliou o trabalho do Parlamento no primeiro semestre. (Celso Russomanno) Nós voltamos recentemente à questão das hidrovias. Há uma preocupação com relação ao trabalho escravo, ao trabalho infantil. Hoje, ainda existe nos países do Mercosul esse tipo de atividade. E vamos entrar agora no segundo semestre com a votação da inclusão da Bolívia no Mercosul. (Repórter) A representação brasileira no bloco é composta por 10 senadores e 27 deputados.

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