Jorge Viana defende que combate ao desmatamento é o grande desafio para o Brasil na área ambiental

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LOC: A IMPLEMENTAÇÃO DO ACORDO DO CLIMA PELO BRASIL E O CUMPRIMENTO DAS METAS PELOS DEMAIS PAÍSES, DIREITO AMBIENTAL E OS 25 ANOS DA ECO 92 FORAM TEMAS DEBATIDOS PELA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017. LOC: PARA O PRESIDENTE DA COMISSÃO, O SENADOR JORGE VIANA, OS GRANDES DESAFIOS DO PAÍS CONTINUAM SENDO O COMBATE AO DESMATAMENTO E A GARANTIA DE RECURSOS PARA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. OUÇA OS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. (Repórter) O ano de 2017 começou com notícias nada positivas para o Brasil na questão da preservação ambiental. O País, que já foi destaque internacional pelo combate ao desmatamento e redução drástica dos níveis de degradação ambiental, se viu novamente vítima do aumento dos cortes em áreas de floresta e da ameaça de diminuição de áreas protegidas na Amazônia. Foram 8 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada entre 2015 e 2016, um aumento de 30% em relação ao período anterior. O mau desempenho do Brasil nas políticas de combate ao desmatamento fez com que a Noruega, primeiro e mais importante doador do Fundo Amazônia, anunciasse um corte de 50% no montante de cerca de 400 milhões de reais que doaria ao Brasil este ano. E é nesse contexto que o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Jorge Viana, do PT do Acre, avalia que a situação do País no momento é de retrocesso. (Jorge Viana) O desafio segue, quer dizer, o Brasil, está hoje vivendo uma espécie de retrocesso ambiental isso é muito ruim, diminui o prestígio do Brasil e o país pode chegar a COP 23 esse ano na Alemanha tendo que se explicar. (Repórter) Preocupados com o aumento do desmatamento no País, deputados e senadores da comissão mista aprovaram uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias para destinar recursos para a preservação das florestas. Na opinião de Jorge Viana, o Congresso terá de trabalhar para garantir essas verbas no Orçamento de 2018, sob pena de haver uma piora do quadro. O presidente da comissão criticou os cortes orçamentários nas áreas de Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia. (Jorge Viana) Nós precisamos imediatamente ter um empoderamento das comunidades extrativistas, das populações indígenas, a floresta tem que ser vista como um ativo econômico importante, nós temos que ter uma nova economia que faça o manejo sustentável da floresta e o uso múltiplo dela e nós não temos políticas que visem trabalhar a Ciência e Tecnologia pra desenvolver essa riqueza da biodiversidade como um ativo econômico. (Repórter) Entre as próximas ações da Comissão de Mudanças Climáticas, o presidente anunciou novos debates e o acompanhamento da implementação do Código Florestal brasileiro, considerado por ele um instrumento que tem trazido resultados efetivos para a preservação ambiental.