Diretor do IBGE observa que reforma da Previdência não se justifica apenas pela avaliação demográfica — Rádio Senado
CPI da Previdência

Diretor do IBGE observa que reforma da Previdência não se justifica apenas pela avaliação demográfica

A reforma da Previdência (PEC 287/2016) não se justifica apenas pela avaliação de questões demográficas. Essa é a opinião do diretor de pesquisas do IBGE, que participou de audiência pública na CPI da Previdência. O representante do IBGE ainda criticou o fato de serem feitas projeções que podem não ser confirmadas, como o índice de informalidade do trabalho. E recomendou que a reforma da Previdência leve em conta as diferentes realidades do País. Apesar de reconhecer que as estatísticas não são definitivas, o relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB – DF),  considera importante conhecer os dados oficiais.

13/07/2017, 13h32 - ATUALIZADO EM 13/07/2017, 14h22
Duração de áudio: 02:14
CPI da Previdência (CPIPREV): Balanço do primeiro semestre; audiência interativa com o diretor de Pesquisas do IBGE; análise de requerimentos

Mesa:
senador Hélio José (PMDB-DF);
presidente da CPIPREV, senador Paulo Paim (PT-RS);
diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Dutra Crespo.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO SE JUSTIFICA APENAS PELA AVALIAÇÃO DE QUESTÕES DEMOGRÁFICAS. LOC: ESSA É A OPINIÃO DO DIRETOR DE PESQUISAS DO IBGE, QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CPI DA PREVIDÊNCIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) O diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Claudio Crespo, observou que as condições de vida são diferentes para cada região do País, e que isso deve ser considerado na reforma da Previdência. No Maranhão, por exemplo, observou o pesquisador, a esperança de vida é nove anos menor que em Santa Catarina. O representante do IBGE ainda criticou o fato de serem feitas projeções que podem não ser confirmadas, como o índice de informalidade do trabalho. E recomendou que a reforma da Previdência leve em conta as diferentes realidades do País. (Claudio Crespo) “O uso puro e simples da informação demográfica não é a condição única para avaliação previdenciária. Essa que é a questão fundamental. A questão demográfica é um dos elementos importantes porque é uma população que está vivendo mais. Agora, em que condições essa população está vivendo em diferentes regiões do país?”. (Repórter) Apesar de reconhecer que as estatísticas não são definitivas, o relator da CPI da Previdência, senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, considera importante conhecer os dados oficiais. (Hélio José) “Sabemos que as posições do IBGE são continuamente atualizadas a partir de novos dados da realidade. Mas não podemos atuar no achômetro. Nós temos que atuar com dados estatísticos reais e não pode ter distorção. Já deixamos claro para o Brasil, para o governo, para a oposição, para a situação, para todo mundo: nosso compromisso aqui é com a verdade”. (Repórter) Um dos principais argumentos para a reforma da Previdência é o suposto déficit, que não existe, na visão do presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim, do PT gaúcho. (Paulo Paim) “Todos que passaram aqui reconheceram que a previdência tem, de fato, superávit. Todos que falaram aqui foram na linha de que um ajuste tem que ser feito – e eu não sou contra. Mas que há superávit, há” (Repórter) Em audiência marcada para o dia 17 de agosto, a CPI da Previdência vai ouvir os representantes do governo, que vão justificar a necessidade da reforma na seguridade social. PEC 287/2016

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