Governo e oposição decidem medir forças na votação da LDO — Rádio Senado
Orçamento

Governo e oposição decidem medir forças na votação da LDO

11/07/2017, 19h10 - ATUALIZADO EM 11/07/2017, 19h10
Duração de áudio: 02:14
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realiza reunião do colegiado de líderes sobre a LDO 2018.

Participam:
relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias  (LDO 2018), deputado Marcus Pestana (PSDB-MG);
presidente da CMO, senador Dário Berger (PMDB-SC);
relator-geral da LOA/2018, deputado Cacá Leão (PP-AL);
senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
senador Benedito de Lira (PP-AL).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: GOVERNO E OPOSIÇÃO DECIDIRAM MEDIR FORÇAS NA VOTAÇÃO DA LDO NESTA QUARTA-FEIRA. LOC: O PRIMEIRO ORÇAMENTO SOB A LIMITAÇÃO DO TETO DE GASTOS ESTÁ GERANDO UMA DISPUTA INTENSA PELA GARANTIA DE RECURSOS E INCLUSÃO DE EMENDAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Remarcada para esta quarta-feira, a votação da LDO trará um embate entre a política do governo em cortar gastos e as necessidades de manutenção da estrutura pública. O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, afirma que já há acordo para votar a LDO: (Dário Berger) Aparamos todas as arestas, praticamente. Buscamos o entendimento. Se tiver algum destaque, serão poucos. E que não vão interferir no bom andamento da reunião, cujo objetivo é a aprovação da LDO. Há de se reconhecer que nós estamos vivendo uma crise histórica no Brasil. Tanto econômica, quanto política. Os recursos são poucos. Nós temos de elaborar a peça orçamentária agora obedecendo a PEC dos gastos públicos, onde temos pouca margem. (Repórter) Vários gastos e investimentos dependem da designação de novas verbas após o corte na fase do superávit primário. Universidades, como a UnB, a Federal do Rio de Janeiro e a de Santa Maria anunciaram que correm o risco de não funcionar. As Polícias Federal e Rodoviária Federal sofreram cortes que impedem ações mais simples. O senador José Medeiros, PSD de Mato Grosso, que é da base de apoio ao governo, mostrou-se preocupado com a situação: (José Medeiros) E cito por exemplo o caso de meu estado, Mato Grosso, que tem uma fronteira de 700 kilômetros aberta à Bolívia. E sem policiamento, aquilo vira um trânsito de armas, um tráfico de armas, um tráfico de cocaína. Uma coisa muito terrível que o país não tem como aguentar. (Repórter) O deputado Bohn Gass, do PT do Rio Grande do Sul, contesta os cortes no orçamento com a vigência do teto de gastos: (Bohn Gass) Tá no congelamento dos 20 anos. É o primeiro orçamento que vem com congelamento. Então não tem reajuste no Bolsa-Família, não tem a imposição para pagar os Mais Médicos. Uma área importante do Estado, você tem um serviço que precisa ser feito, por exemplo, na área da inspeção sanitária. Para a gente não ter retaliações na carne que é exportada do Brasil. Então é fundamental que o Estado esteja aparelhado para isso. Então como é que nós vamos votar com normalidade um orçamento que só quer fazer corte, corte, corte e não bate num lado importante, que é o juro da dívida? (Repórter) A Comissão do Orçamento está programada para se reunir de novo nesta 4ª feira, às 2 e meia da tarde. LDO 2018

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