Eunício avisa que análise da denúncia contra Temer na Câmara não deve paralisar o Congresso

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LOC: O PRESIDENTE DO SENADO AVISOU QUE A ANÁLISE DA DENÚNCIA CONTRA TEMER NA CÂMARA NÃO VAI PARALISAR O CONGRESSO NACIONAL. LOC: E A OPOSIÇÃO ANTECIPA QUE ESTRATÉGIA DO PEEMEDEBISTA INCLUI, ALÉM DA PRESSA, O ESVAZIAMENTO DA SESSÃO PARA O CASO SER ARQUIVADO. DETALHES COM A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O presidente Michel Temer já foi notificado pela Câmara dos Deputados sobre o início da análise da denúncia por crime de corrupção passiva apresentada pelo Ministério Público Federal. Com base na delação do empresário Joesley Batista, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defende que Temer seja investigado por recebimento de propina. Agora, o presidente da República terá o prazo de dez sessões para apresentar a defesa à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que terá mais 5 sessões para emitir um parecer sobre a abertura de uma ação penal contra o peemedebista. A palavra final será do Plenário da Casa. Aliados de Temer, no entanto, pretendem concluir o processo em duas semanas. O vice-líder do PT, senador Paulo Rocha, do Pará, afirmou que, além da pressa, a outra estratégia será o esvaziamento da sessão, já que a autorização do processo só pode ser aprovada com 342 votos. (Rocha) Eles estão com a tática de esvaziar a votação. Então, pelo vazamento da votação, eles podem não aprovar a continuidade do processo porque não deu quórum. Então, desconfia-se da benevolência de abrir mão de defesa. REP: Mas, o líder do PSDB, senador Paulo Bauer, de Santa Catarina, avaliou que a Câmara será responsável. (Bauer) Eu tenho certeza que os deputados federais vão analisar com muito cuidado essa questão preocupados com o país. Será que nós podemos ter nesse momento uma substituição do presidente Temer por um outro presidente interino? É o que nós precisamos fazer para o Brasil? REP: O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que o processo não deverá se estender. (Eunício) Caberá à Câmara fazer os seus procedimentos. Se a defesa do presidente da República resolver abrir mão desses prazos, talvez essa denúncia possa estará resolvida até o final deste semestre, ou seja, no início do recesso que se dará a partir do dia 17 de junho. REP: Essa é a primeira vez que a Câmara analisa um pedido de denúncia contra um presidente da República no exercício do cargo. Da Rádio Senado, Hérica Christian.