Quatro senadores apresentam votos em separado à reforma trabalhista na CAS — Rádio Senado
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Quatro senadores apresentam votos em separado à reforma trabalhista na CAS

13/06/2017, 21h15 - ATUALIZADO EM 13/06/2017, 21h15
Duração de áudio: 02:03
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza reunião deliberativa com item único: PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista. 

Bancada:
senador Elmano Férrer (PMDB-PI); 
senadora Lídice da Mata (PSB-BA).


Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: QUATRO SENADORES APRESENTARAM VOTOS EM SEPARADO À REFORMA TRABALHISTA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. LOC: ELES QUESTIONARAM A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO, A PERDA DE DIREITOS E OS OBSTÁCULOS AO ACESSO À JUSTIÇA, E O ENFRAQUECIMENTO DOS SINDICATOS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: Ao apresentar o voto em separado, a senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, criticou a abordagem da Reforma Trabalhista aos chamados danos extrapatrimoniais. Para ela, quando ofensas idênticas não são indenizadas com a mesma quantia fica caracterizada a descriminação social no texto. (Vanessa) “ Quando a ofensa for de natureza leve, a indenização deverá ser de três vezes o último salário daquele que foi ofendido; de natureza média, cinco vezes o salário; de natureza grave, vinte vezes o salário. Ou seja é muito mais negócio ofender, uma trabalhadora ou um trabalhador lá do chão da fábrica, daquele que ganha pouquinho, do que aquele que tem um salário maior porque a indenização será mais barata.” (REP) Já a senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, chamou atenção para a retirada da obrigatoriedade do imposto sindical. Ela também discordou do argumento trazido pelo relatório de que as mudanças vão modernizar as relações de trabalho. (Lídice) “Isso é a maior balela, a maior mentira, a maior falácia que tem nessa proposta, porque a real modernização das relações de trabalho deveria ter como pressuposto a eliminação das formas precárias e arcaicas de trabalho ainda persistentes no Brasil em pleno século XXI, e não a ampliação dessas práticas.” (REP) Também com voto em separado, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, condenou as alterações na legislação trabalhista, em seu aspectos sociais e legais. (Randolfe) “Primeiro, ela fere toda a legislação e todo o histórico de conquistas dos trabalhadores por direitos sociais. Fere várias convenções da Organização Internacional do Trabalho. Fere até pactos internacionais que o Brasil é signatário. Enfim, nunca teve uma ofensiva tão grande aos trabalhadores como tem nessa Reforma.” (REP) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, também apresentou voto em separado. A Reforma Trabalhista será colocada em votação na Comissão de Assuntos Sociais no próximo dia 20. Da Rádio Senado, Marcella Cunha PLC 38/2017

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