CPI da Previdência debate suposto déficit no setor — Rádio Senado
CPI da Previdência

CPI da Previdência debate suposto déficit no setor

25/05/2017, 14h04 - ATUALIZADO EM 25/05/2017, 14h04
Duração de áudio: 02:15
CPI da Previdência (CPIPREV) realiza audiência interativa com a participação de representantes da CNBB, do Cofecon, da SBPS e da OAB. Na sequência, apreciação de requerimentos.


Mesa:
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Previdência Social (SBPS), Luiz Alberto dos Santos;
relator da CPIPREV, senador Hélio José (PMDB-DF);
presidente da CPIPREV,  senador Paulo Paim (PT-RS);
presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Julio Flávio Gameiro Miragaya;
conselheira do Conselho Federal de Serviço Social, Mariana Furtado Arantes.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: ISENÇÕES FISCAIS, SONEGAÇÃO E DESVIO DE RECURSOS PARA OUTROS FINS FORAM APONTADOS COMO PROBLEMAS QUE AFETAM A SEGURIDADE SOCIAL. LOC: O SUPOSTO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO FOI DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DA PREVIDÊNCIA. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) Só em 2016 foram 62 bilhões de reais em renúncia fiscal, em especial para setores do agronegócio, informou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Previdência Social, Luiz Alberto dos Santos. Ele também citou o envelhecimento dos trabalhadores, a má gestão e o que chamou de “problemas crônicos” da informalidade e da evasão fiscal como danosos à Previdência. Santos defendeu, primeiro, uma reforma tributária. ( Luiz Alberto dos Santos) “Implica fazer reforma sim. Mas precisamos discutir, primeiro, uma Reforma Tributária, que recoloque o sistema de financiamento dos direitos assegurados pela Constituição. E que se resolva, de fato, esses problemas derivados dessas brechas que o nosso sistema tributário ainda propicia para sonegação e também em relação ao problema dos incentivos fiscais”. (Repórter) Para Dom Leonardo Steiner, representante da CNBB, a reforma não pode prejudicar os de renda mais baixa, mas deve focar nas sonegações e isenções. (Dom Leonardo Steiner) “É preciso que o Estado também busque, que o Governo busque, outras maneiras de subsidiar. Nós não podemos onerar os pobres. Ao se colocar a questão da Previdência, está se colocando como uma questão ética. Não se está colocando como uma questão de mercado”. (Repórter) O relator, senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, disse que CPI vai buscar esclarecer a situação da Previdência. (Hélio José) “É um compromisso com a verdade. É o compromisso com a real situação do país. Nós queremos também sugerir alternativas. Se tiver que fazer uma reforma da Previdência, que seja uma reforma da Previdência duradoura, perene”. (Repórter) Para isso, serão ouvidos todos os setores, afirmou o presidente da CPI, senador Paulo Paim, do PT gaúcho. (Paulo Paim) “Estamos convidando todos os lados: Os que pensam que há déficit e os que pensam que não há déficit. Estamos convidando os grandes devedores, órgãos do governo para que expliquem porque as cobranças não estão sendo feitas. E também essa CPI está aberta. Quero pedir que continuem mandando para cá sugestões, críticas e também os elogios”. (Repórter) A audiência com os cinco maiores devedores da Previdência, entre eles a JBS, foi marcada para o dia 8 de junho. PEC 287/2016

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