CAE debate proposta de reforma trabalhista nesta terça-feira — Rádio Senado
Reforma trabalhista

CAE debate proposta de reforma trabalhista nesta terça-feira

Antes da leitura do relatório sobre a reforma trabalhista (PLC 38/2017) a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) debateu o assunto em audiência pública, nesta terça-feira (23).

Convidados e senadores da oposição pediram mais tempo para discussão, mas o relator da matéria, senador Ricardo Ferraço (PSDB – ES) avisou que não aceitaria qualquer tipo de patrulhamento.

23/05/2017, 13h51 - ATUALIZADO EM 23/05/2017, 14h02
Duração de áudio: 02:08
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência interativa para debater a reforma trabalhista.

(E/D):
senadora Kátia Abreu (PMDB-TO);
senador Pedro Chaves (PSC-MS);
senador Lindbergh Farias (PT-RJ); 
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em pronunciamento;
senadora Fátima Bezerra (PT-RN);
senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE);
senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
 
Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: ANTES DA LEITURA DO RELATÓRIO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA, A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATEU O ASSUNTO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: CONVIDADOS E SENADORES DA OPOSIÇÃO PEDIRAM MAIS TEMPO PARA DISCUSSÃO, MAS RICARDO FERRAÇO AVISOU QUE NÃO ACEITARIA QUALQUER TIPO DE PATRULHAMENTO. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter). O presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, afirmou que a Reforma Trabalhista em discussão não resolve o problema de desemprego e recessão econômica. E disse estranhar a pressa em aprovar a matéria, quando outros códigos, como o de Defesa do Consumidor, foram discutidos por décadas. ( Márcio Pochmann) “Por que a rapidez, a necessidade de fazermos uma mudança de tão grande monta num período inferior a três meses, sem que a gente possa, na verdade, construir um grande acordo?” (Repórter) Para o representante do Instituto de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, as reformas trabalhista e da previdência representam retrocesso e destroem o pacto social construído nas décadas de 60 e 70, que culminou com a Constituição de 1988. (Eduardo Fagnani) “Nós queremos debate, a sociedade quer debater. Não se faz reforma deste tipo por obra de marqueteiro, a democracia não é uma mercadoria”. (Repórter) Também na opinião do senador Paulo Paim, do PT gaúcho, a discussão foi insuficiente. (Paulo Paim) “Sabe quantas horas a Câmara debateu esse projeto, que chegou lá com sete artigos? 26 horas, 26 horinhas. É honesto isso, é racional, é inteligente? Ou é só oportunismo?”. (Repórter) Para o professor do Instituto de Ensino Superior de São Paulo, Sérgio Firco, há aspectos positivos proposta e o importante é garantir direitos. (Sérgio Firco) “Eu acho fundamental que a gente defina claramente quem são os proprietários desse direito. Eu acho que são todos os trabalhadores do Brasil. O que a gente tem feito, e que não é recente, é fazer com que uma parcela muito grande fique de fato à margem desse direito”. (Repórter) Para o relator da reforma trabalhista, senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, a proposta tem urgência e a crise pela qual passa o país não pode paralisar o Congresso. (Ricardo Ferraço) “A crise institucional, que é brutal, não pode impedir que a gente continue fazendo o nosso trabalho aqui no Senado. Eu não vou aceitar qualquer tipo de patrulhamento com relação a minha decisão”. (Repórter) A audiência foi uma iniciativa dos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos. PLC 38/2017 e PEC 287/2016

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