Jorge Viana questiona alta na taxa de juros do rotativo dos cartões de crédito

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LOC: O SENADOR JORGE VIANA, DO PT DO ACRE, QUESTIONOU A ALTA NA TAXA DE JUROS DO ROTATIVO DOS CARTÕES DE CRÉDITO. LOC: JORGE VIANA INFORMOU QUE VAI APRESENTAR UM PROJETO OBRIGANDO AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS A INFORMAR AS TAXAS COBRADAS PELO CARTÃO DE CRÉDITO AOS CLIENTES. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. TEC: De acordo com o Banco Central, a taxa de juros do rotativo dos cartões de crédito ultrapassou 490% ao ano. Essa taxa é cobrada quando o consumidor não paga o valor total da fatura, fazendo com que o restante seja financiado automaticamente pelas instituições financeiras e lançado no mês seguinte. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, disse que vai apresentar um projeto de lei que obriga os bancos a fixar, na página de abertura de qualquer oferta de cartão, o valor médio do juro cobrado. Ele ainda criticou o que chama de taxas abusivas e comparou os encargos do Brasil com outros países: (Jorge Viana) No Peru, tá 43%; na Argentina, 43%; na Colômbia, 30%; na Venezuela, 29%; no México, 23%; e no Brasil, 494%... Em nenhum continente do mundo se cobra uma taxa de juros tão elevada, tão absurda, tão exploradora como essa que se cobra no cartão de crédito no Brasil. (REP). Em situação semelhante à de muitos brasileiros, a professora Ildilene Costa, de Brasília, enfrenta problemas com o seu cartão de crédito. Por não pagar o valor total da fatura, ela acumula uma dívida de quase dez mil reais. Apesar de ter financiado o crédito com a operadora do cartão, Ildilene destaca que o juro ainda é muito alto e que não há nenhum tipo de negociação: (Ildilene). Tudo bem que é um erro, entre aspas, do consumidor que gastou mais do que devia. Mas aí é muito pesada a punição. É imposto isso. Não tem conversação, não é uma negociação. Então você fica de pés e mãos atados. (REP). Desde abril, novos critérios para pagamento da fatura do cartão e acesso ao crédito rotativo estão em vigor no país. Agora, o consumidor que escolher pagar o valor mínimo da fatura não poderá ter mais essa opção por vários meses consecutivos. O objetivo é obrigar as instituições financeiras a oferecer melhores condições e juros mais baixos para o parcelamento das dívidas.