Adesão à greve geral divide opinião de senadores — Rádio Senado
Greve geral

Adesão à greve geral divide opinião de senadores

A greve geral deste 28 de abril foi convocada por centrais sindicais, como a CUT e a Força Nacional, e também por movimentos sociais. Entre as categorias paralisadas estão os trabalhadores de transportes públicos, aeroviários, bancários, petroleiros e professores municipais, estaduais e de escolas particulares. Eles protestam, principalmente, contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, em tramitação no Congresso Nacional. O senador Paulo Paim (PT – RS), agradeceu a adesão dos brasileiros à paralisação e chamou de ‘covardes’ as duas propostas. Paim é o presidente da CPI que vai investigar a contabilidade da Previdência Social. Já a senadora Ana Amélia (PP – RS), disse que manifestações violentas e que agridem o direito do ir e vir do cidadão não são democráticas.

28/04/2017, 13h51 - ATUALIZADO EM 28/04/2017, 14h09
Duração de áudio: 02:32
Agência Senado

Transcrição
LOC: ADESÃO À GREVE GERAL DIVIDE A OPINIÃO DOS SENADORES. LOC: A PARALISAÇÃO JÁ ATINGE TODOS OS ESTADOS DO PAÍS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) A greve geral deste 28 de abril foi convocada por centrais sindicais, como a CUT e a Força Nacional, e também por movimentos sociais. Entre as categorias paralisadas estão os trabalhadores de transportes públicos, aeroviários, bancários, petroleiros e professores municipais, estaduais e de escolas particulares. Eles protestam, principalmente, contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária, em tramitação no Congresso Nacional. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, agradeceu a adesão dos brasileiros à paralisação e chamou de ‘covardes’ as duas propostas. Ele é o presidente da CPI que vai investigar a contabilidade da Previdência Social. (Paulo Paim) “Obrigado, povo brasileiro. Eu sei eu essa Casa há de refletir muito sobre o protesto que vocês fizeram hoje. É impossível que o parlamento brasileiro não seja sensível ao que aconteceu hoje no nosso Brasil e faça um debate sério. Porque na Câmara não foi sério. ” (Repórter). Já a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, disse que manifestações violentas e que agridem o direito do ir e vir do cidadão não são democráticas. (Ana Amélia) “Greve é legítima, está previsto na Constituição. O que não é legítimo e não é direito é você atrapalhar o direito de ir e vir das pessoas. De quem quer trabalhar, que não concorda. É respeitar o contraditório. ” (Repórter) Em entrevista ao Programa Conexão Senado, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que a greve geral é uma demonstração de que a população não concorda com os rumos do país. (Humberto Costa) “Essa mobilização, que até o presente momento tem se mostrado um êxito total, com diversas cidades paradas, há de interferir, de influenciar, os deputados e os senadores em relação a essas reformas.” (Repórter) Também em entrevista ao Conexão, o senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, disse que as motivações da paralisação são partidárias. (José Medeiros) “Os trabalhadores estão indo com certeza atrás de melhorias. Mas eles arrumaram uma greve que por trás dela está o fora temer, está lá ‘o não prenda Lula’, são outras bandeiras.” E aí eu me pergunto, essa greve foi uma escolha dos trabalhadores ou foi u ma escolha do partido dos trabalhadores.” (Repórter) O Palácio do Planalto anunciou que poderá cortar o ponto dos funcionários públicos que aderirem ao movimento, baseado em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal. Porém, a legitimidade da paralisação foi defendida pelo Ministério Público do Trabalho, que afirmou que o direito de greve está previsto em tratados internacionais.

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