Oposição se mobiliza contra eventual votação rápida da reforma trabalhista
Oposição se mobiliza contra uma eventual votação rápida da reforma trabalhista (PL 6787/2016), que deverá chegar ao Senado nos próximos dias. Lideranças governistas não descartam pedido de urgência para analisar as mudanças na legislação.
Alegando a rapidez na votação na Câmara, o líder do PSDB, senador Paulo Bauer (PSDB - SC), afirma que o Senado poderá fazer o mesmo. Contrário ao pedido de urgência, o senador Acir Gurgacz (PDT – RO), argumenta que sem discussão nas Comissões, dificilmente o projeto será alterado na votação em Plenário.
Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO SE MOBILIZA CONTRA UMA EVENTUAL VOTAÇÃO RÁPIDA DA REFORMA TRABALHISTA, QUE DEVERÁ CHEGAR AO SENADO NOS PRÓXIMOS DIAS.
LOC: LIDERANÇAS GOVERNISTAS NÃO DESCARTAM PEDIDO DE URGÊNCIA PARA ANALISAR AS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Aprovada pela Câmara dos Deputados, a Reforma Trabalhista será agora discutida pelo Senado. Entre as mudanças estão o fim da contribuição sindical, a divisão das férias em três períodos, a legalização do banco de horas, o trabalho em casa e multa para a empresa que não contratar o empregado e para o trabalhador que agir de má-fé em processos trabalhistas. Alegando a rapidez na votação na Câmara, o líder do PSDB, senador Paulo Bauer de Santa Catarina, afirmou que o Senado poderá fazer o mesmo.
(Paulo Bauer) Eu concordo que depois de uma votação na Câmara dos Deputados o assunto devo ter voltado com rapidez pelo Senado. A Reforma Trabalhista, na verdade, não é um bicho papão, não é um problema. É um caminho novo.
(Repórter) Contrário ao pedido de urgência, o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, argumentou que sem discussão nas Comissões, dificilmente o projeto será alterado na votação em Plenário.
(Acir Gurgacz) Por isso, a importância de nós tramitarmos essa matéria nas Comissões para que haja um debate profundo sobre as leis trabalhistas. E essa nossa preocupação de que nenhum direito seja tirado do trabalhador brasileiro.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, é favorável à revisão da legislação trabalhista, desde que não haja a retirada de direitos.
(Jorge Viana) Temos sim que fazer atualização da legislação trabalhista, fazer com que haja mais facilitação para empregar e não destruir o direito mínimo. Não podemos pegar no momento como esse que a economia do Brasil está fragilizada e simplesmente fazer um desmonte tudo uma conquista.
(Repórter) A Reforma Trabalhista também permite que acordos entre empresas e empregados prevaleçam sobre a legislação, a exemplo, da jornada de trabalho, intervalo entre as jornadas e planos de cargos, salários e funções.