CI debate relatório final de viabilidade técnica e econômica da Ferrovia Bioceânica — Rádio Senado
Infraestrutura

CI debate relatório final de viabilidade técnica e econômica da Ferrovia Bioceânica

Além de integrar a região norte da América do Sul, a Ferrovia Bioceânica deverá criar um dos principais corredores de exportação do continente para a Ásia. O trecho brasileiro começa em Campinorte de Goiás e cruza o Mato Grosso, Rondônia e Acre antes de chegar na fronteira peruana.

O investimento estimado, na parte brasileira, é de R$ 40 bilhões e deve receber financiamento da China. A previsão é que, quando seus cerca de 5.000 km forem concluídos, a Bioceânica possa escoar 23 milhões de toneladas de grãos e minérios.

A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI) debateu nesta terça-feira (18) o relatório final de viabilidade técnica e econômica da ferrovia.

18/04/2017, 13h24 - ATUALIZADO EM 18/04/2017, 13h56
Duração de áudio: 02:13
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: ALÉM DE INTEGRAR A REGIÃO NORTE DA AMÉRICA DO SUL, A FERROVIA BIOCEÂNICA DEVERÁ CRIAR UM DOS PRINCIPAIS CORREDORES DE EXPORTAÇÃO DO CONTINENTE PARA A ÁSIA. LOC: A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DEBATEU NESTA TERÇA-FEIRA O RELATÓRIO FINAL DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA FERROVIA. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. TEC: A ferrovia Transcontinental, mais conhecida como Bioceânica, vem sendo debatida há mais de dois anos. O projeto cria um corredor de exportação rápido e mais barato para a Ásia. O trecho brasileiro começa em Campinorte de Goiás e cruza o Mato Grosso, Rondônia e Acre antes de chegar na fronteira peruana. O investimento estimado, na parte brasileira, é de 40 bilhões de reais e também vai receber financiamento da China. A previsão é que, quando seus cerca de cinco mil quilômetros forem concluídos, ela possa escoar 23 milhões de toneladas de grãos e minérios. A Comissão de Infraestrutura discutiu a viabilidade do projeto. O engenheiro chinês Bi Qiang, representando a empresa China Railway Eryuan explicou que, para se tornar realidade, o projeto terá que enfrentar várias dificuldades. Uma das principais é a questão ambiental. (Qiang). Existe uma série de limitações legais. As restrições legais em relação ao ambiente, proteção ambiental, são muito grandes. E também sabemos que está espalhada nessa área amazônica a diversidade biológica e há muitas proteções, tanto ambientais como indígenas, que chamam a atenção internacional. (...). (Repórter). O presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, reconheceu as dificuldades de uma obra dessa dimensão, mas defendeu a prioridade para a construção da ferrovia em função dos gargalos na infraestrutura brasileira. (Fo) Este ano, mais uma vez, com uma produção recorde, e testemunhamos caminhões atolados, aumentando o custo. Dificuldades para (...) o escoamento desta safra. (Repórter) Antes da discussão da ferrovia, a comissão aprovou alguns requerimentos, entre eles para debater a crise hídrica no Distrito Federal em comparação à de São Paulo. A data ainda será marcada.

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