Governo volta a adiar decisão sobre correção da tabela do IR — Rádio Senado
Economia

Governo volta a adiar decisão sobre correção da tabela do IR

Decisão do governo sobre a correção da tabela do Imposto de Renda foi adiada mais uma vez. Senadores cobram um ajuste do tributo com base no índice de inflação.

No Senado, uma proposta de autoria do senador Reguffe (Sem partido – DF), que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), prevê que os limites de isenção de Imposto de Renda sejam recompostos anualmente com base no índice de inflação, acrescido de 1% (um por cento). Reguffe sustenta que a falta de correção é uma forma de aumentar de forma velada a carga tributária.

24/03/2017, 15h26 - ATUALIZADO EM 24/03/2017, 15h40
Duração de áudio: 02:02
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Transcrição
LOC: DECISÃO DO GOVERNO SOBRE A CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA FOI ADIADA MAIS UMA VEZ. LOC: SENADORES COBRAM UM AJUSTE DO TRIBUTO COM BASE NO ÍNDICE DE INFLAÇÃO, COMO INFORMA A REPÓRTER REBECA LIGABUE (LIGABÍ). (Repórter) A decisão do governo sobre a revisão na tabela do Imposto de Renda já foi adiada sucessivas vezes desde o primeiro mês do ano. De acordo com o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles não há “pressa” para a atualização, já que os números ainda estão sendo analisados e dependem de hipóteses de arrecadação. Em 2015, o reajuste variou entre 4,5% e 6,5%, mas no ano passado não houve mudanças. Em janeiro, a Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, enviou ao governo um ofício em que solicita a correção integral de pessoa física de acordo com a inflação, para evitar que os contribuintes isentos sejam obrigados a pagar a taxa quando têm um reajuste salarial. No Senado, uma proposta de autoria do senador Reguffe, que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos, prevê que os limites de isenção de Imposto de Renda sejam recompostos anualmente com base no índice de inflação, acrescido de um por cento. Reguffe sustenta que a falta de correção é uma forma de aumentar de forma velada a carga tributária. (Reguffe’) O governo não corrige os limites de isenção da tabela do imposto de renda. Quando corrige, corrige abaixo da inflação e, com isso, faz um aumento de carga tributária de uma forma disfarçada em cima do assalariado desse país. Isso para mim é inaceitável, o Brasil já tem uma carga tributária abusiva. (Repórter) Para o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, além do ajuste pelos parâmetros da inflação, é necessária uma tributação maior para os mais ricos. ( Cristovam Buarque) Tem que haver atualização, o governo quer aumentar dinheiro, devia aumentar a alíquota dos que ganham muito, devia aumentar a alíquota lá em cima, mas não fazer isso que está fazendo porque prejudica os de baixo. (Repórter) De acordo com o último levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - o Sindifisco, a não correção da tabela do Imposto de Renda resultou em uma defasagem média acumulada de 83%, entre 1996 e 2016.

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